O fundo imobiliário BTLG11, gerido pelo BTG Pactual, realiza, nesta sexta-feira (11), sua 12ª emissão de cotas, que totalizarão R$ 600 milhões. O objetivo é captar o dinheiro para comprar de 7 a 8 imóveis em São Paulo, com qualidade AAA (a melhor do mercado).
Após a mudança de gestora para a entrada do BTG, em 2019, os rendimentos do FII BTLG11 computaram um crescimento médio de quase 20% ao ano.
Considerando o preço da emissão que será feita nesta semana (R$ 101,00) em relação ao rendimento, o fundo do BTG está pagando 0,75% do preço da cota por mês. O valor é considerável em relação aos fundos concorrentes, como o HGLG11, que paga 0,67% ao mês, o XPLG11, com 0,68% a.m., e o LVBI11, com 0,67% a.m.
O que é o BTLG11?
O BTLG11 é um fundo de tijolos, ou seja, que compra imóveis e distribui seus aluguéis para os cotistas. Hoje focado em logística, o fundo antigamente tinha também ativos industriais, dos quais se desfez.
Com mais de 90% dos ativos classificados como A+, uma das políticas é adquirir imóveis no estado de SP, principalmente próximos a capital paulista. Atualmente, cerca de 41% da receita do fundo vem de ativos num raio de 30km da cidade.
Nos últimos anos, a reciclagem de portfólio (compra e venda de imóveis) tem dado bons retornos para o fundo.
O que é um fundo de tijolo?
Os FIIs podem ser divididos em dois tipos: os chamados fundos de tijolo e os fundos de papel.
“Podemos dizer que os fundos de tijolo são representados pelos imóveis físicos, que possuem CEP. Eles podem gerar renda constante a partir de aluguéis ou também da sua venda. Já fundos de papel atuam especialmente em recebíveis imobiliários: os CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e os LCI (Letras de Crédito Imobiliário) são os mais conhecidos e utilizados”, explica Diego Siqueira, CEO da TG Core, gestora de recursos com foco no mercado imobiliário.
Portanto, os fundos de tijolos são os empreendimentos físicos, como escritórios, shopping centers, faculdades, galpões e armazéns, enquanto os fundos de papel são investimentos em títulos financeiros ligados ao mercado imobiliário, que geram lucro a partir dos juros e dividendos pagos por esses títulos, ou mesmo da venda deles.
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