O número de pedidos de falência subiu 58,3% em março, em comparação com um ano atrá. Em relação a fevereiro, houve um avanço de 13,1%, de acordo com levantamento do Serasa Experian.
O aumento inverte a tendência de queda registrada desde fevereiro do ano passado nos comparativos anuais.
O setor de serviços foi o mais afetado, com um aumento de 96,6% em relação a março do ano passado, enquanto na indústria a alta foi de 46,7%. O comércio ficou praticamente estável.
O principal motivo para essa alta nos pedidos de falência é o agravamento da pandemia do coronavírus e, com isso, o aumento das medidas de restrição no país, que tem reduzido a circulação de pessoas e imposto o isolamento em várias cidades e estados.
Neste período, o que estava dando suporte às empresas eram os programas de auxílio-emergencial e as medidas de apoio. Para o economista do Serasa Experian, Luiz Rabi, a alta dos pedidos de falência acompanha o aumento da inadimplência.
Os pedidos de recuperação judicial seguem, no entanto, em queda. Em março, o número foi 4,3% inferior ao registrado no mesmo mês do ano passado. A expectativa de especialistas em reestruturação de empresas é de que os registros cresçam até o meio do ano, já que muitas companhias ainda tentam o ultimo suspiro antes de precisar dessa alternativa.
*Imagem em destaque: Marcos Santos/usp imagens