O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que a violência de armas é uma epidemia no país e precisa parar, ao assinar decretos que incluem facilitar que estados limitem o porte de armas, ao mesmo tempo que apelou ao Congresso a aprovar leis como checagem de antecedentes e proibição de uso de armas de grande capacidade de munição.
“A violência de armas neste país é uma epidemia e uma vergonha internacional”, disse Biden, citando que esta epidemia “precisa parar” e que ele está determinado a fazer mudanças. “Precisamos de ações imediatas para reduzir a violência de armas”.
Assim, o presidente anunciou uma série de ordens executivas com esta finalidade, como o decreto de controle de armas, que exige que fabricantes façam partes-chave com números de série, visando a impedir vendas de kits de armas que podem ser montados por qualquer pessoa.
Outro decreto visa a garantir mais informações sobre o tráfico de armas, e outro ainda “trata armas modificadas com a seriedade que merecem”, uma vez que são mais letais, disse Biden, e exige o seu registro junto ao governo federal, com pagamento de uma taxa e informações do portador.
Além disso, “quero facilitar que estados adotem a lei ‘da bandeira vermelha'”, que limita o porte de armas, o que impede a violência doméstica contra mulheres, evita suicídios e pode impedir tiroteios em massa, afirmou o presidente. “Quero ver a lei da bandeira vermelha em todo o país”, afirmou. “É hora de aprovar leis e proteger mais pessoas”.
Ele disse que que a violência de armas custa ao país US$ 2,8 bilhões por ano, em custos de hospital, taxas jurídicas e perda de produtividade. “Por uma fração deste custo podemos salvar vidas”.
Biden apelou ao Congresso pela aprovação de leis que reduzam a violência de armas. “Vou usar todos os recursos à minha disposição como presidente para manter os norte-americanos seguros da violência de armas. Mas há muito mais que o Congresso pode fazer para ajudar neste esforço, e pode fazer agora”.
O presidente apelou pela aprovação da checagem de antecedentes e para voltar a proibir o uso de amas de grande capacidade de munição, e disse ser “bizarra” a ideia de que o que ele propõe é inconstitucional.
Na bolsa brasileira, a única empresa de armas é a Taurus Armas S.A (TASA4), cujo maior mercado está justamente nos EUA.
Nesta quinta-feira as ações da empresa estão custando R$ 22,24, registrando um aumento de mais de 40% só neste ano.
Cristiana Euclydes / Agência CMA
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Imagem em destaque: Foto por suboficial da Marinha de 1ª classe Carlos M. Vazquez II