O caminho ideal para a privatização da Eletrobras é a “capitalização” – a venda de novas ações da companhia com consequente diluição da fatia majoritária do governo federal – afirmou o ministro da Economia, Paulo Guedes, durante uma entrevista ao vivo promovida pela XP e pela Infomoney.
“Ideal é fazer do jeito que ela está, fazer ‘capitalização’ – tem que usar às vezes estes termos, mas na verdade é para ela investir”, disse Guedes durante o evento.
No início de março, Guedes havia dito que a Eletrobras consegue investir cerca de R$ 3 bilhões por ano, atualmente, quando a necessidade de investimentos no setor elétrico é quase cinco vezes maior.
“Se a gente conseguir levá-la à Bolsa, se souberem que é empresa que será privatizada, se for privatizada simultaneamente, poderia estar criando 186 mil empregos. Foi perdendo gente, fatia de mercado. Daqui a 10, 15 anos, vamos ter um apagão. Vai faltar energia elétrica no Brasil se ela não for privatizada”, afirmou Guedes à época.
Na entrevista de hoje, o ministro acrescentou que é necessário acelerar os programas de privatização do governo, e que a inclusão dos Correios e da Eletrobras no plano nacional de desestatizações foi um movimento que a base do governo fez para dar um sinal ao mercado de que estava caminhando neste sentido.
Gustavo Nicoletta / Agência CMA (g.nicoletta@cma.com.br)
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