As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) abrem em alta, refletindo incertezas globais, depois da divulgação de dados de atividade industrial da China e da Europa mais fracos.
Na leitura do analista da Potenza Capital, Bruno Komura, os dados da China e da Europa mostrando contração na manufatura, ainda que em linha com o esperado, traz um sentimento de alerta. Segundo o especialista, a produção industrial brasileira mais forte que o estimado talvez mude, também, o ritmo de queda da Selic (taxa básica de juros) por parte do Banco Central (BC).
“Eu acho que o corte deve ser de 0,50 agora, mas nas próximas reuniões o ritmo pode diminuir”, diz Komura.
Mais cedo, foram divulgados dados sobre a atividade industrial da China, que caiu para 49,2 pontos em julho, de acordo com dados revisados do instituto de pesquisas S&P Global do grupo de mídia Caixin. Em junho, o índice havia ficado em 50,5 pontos. Na zona do euro, a atividade industrial da zona do euro caiu para 42,7 pontos em julho, de 43,4 em junho, de acordo com dados revisados do Hamburg Commercial Bank (HCOB) e do instituto de pesquisas S&P Global.
Em ambiente doméstico, a produção industrial brasileira subiu 0,1% em junho ante maio, depois de ter subido 0,3% no mês imediatamente anterior. O resultado ficou abaixo da projeção de +0,5%, conforme mediana das estimativas coletadas pelo Termômetro CMA.
Por volta das 10h10 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2024 tinha taxa de 12,625% de 12,585% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2025 projetava taxa de 10,675% de 10,615%, o DI para janeiro de 2026 ia a 10,125%, de 10,060%, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 10,185% de 10,130% na mesma comparação. No mercado de câmbio, o dólar operava em alta, cotado a R$ 4,7739 para a venda.