As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) abrem em queda, impactadas dados econômicos divulgados hoje mais cedo aqui no Brasil.
Na leitura do diretor de tesouraria do Braza Bank, Bruno Perottoni, embora o Boletim Focus não tenha trazido alterações significativas nas projeções de PIB, inflação e câmbio, o IGP-10 teve uma queda maior do que o esperado, além do dado mais fraco de atividade econômica – todos dados divulgados hoje pela manhã.
“No comparativo anual esperava-se [do IBC-Br] 4% e veio 2,15%. Com isso, a gente tem taxa de juro caindo, descolando um pouco das máximas aí que fez na semana passada. Na verdade, a gente vê o mercado, aparentemente se ajustando pro corte de 0,25, né? E e também retomando um pouquinho do prêmio de risco, né? Na semana passada voltou a trazer um pouco de prêmio de volta aí nos títulos”, explica.
Mais cedo, o BC divulgou que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) recuou 2% em maio em relação a abril, indo a 145,59 pontos. Nos dados sem ajuste sazonal, o IBC-Br atingiu 145,99 pontos, ganho de 2,15% na comparação com o mesmo mês de 2022. Já o Indice Geral de Preços 10 (IGP-10), da FGV caiu 1,10% em julho. No mês anterior, a taxa havia sido de -2,20%. Com esse resultado, o índice acumula variação de -5,20% no ano e de -7,89% em 12 meses. Em julho de 2022, o índice subira 0,60% no mês e acumulava elevação de 10,87% em 12 meses.
Por volta das 10h10 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2024 tinha taxa de 12,835% de 12,860% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2025 projetava taxa de 10,850 % de 10,850%, o DI para janeiro de 2026 ia a 10,340%, de 10,225%, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 10,360% de 10,265% na mesma comparação. No mercado de câmbio, o dólar operava em alta, cotado a R$ 4, 8230 para a venda.
Camila Brunelli / Agência CMA
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