A Hapvida está no olho do furacão. Desde que o jornal O Estado de S.Paulo apontou que elaé alvo de uma investigaçãopor, supostamente, se negar a cumprir liminares da Justiça e a fornecer tratamentos, na semana passada, as ações #HAPV3 derreteram mais de 10% em cinco dias.
Nessas horas é bom dar um passo atrás e tentar enxergar além do óbvio. A outra empresa de planos de saúde que negocia suas ações na Bolsa, Qualicorp, viu seus papéis (#QUAL3) despencaram mais de 17% no mesmo período.
O furacão que atingiu a Qualicorp tem nome: o fundador da empresa, José Seripieri Filho, conhecido como Júnior, que vendeu sua parte na empresa em 2019, com um contrato que o proibia de atuar na concorrência até meados de 2023. Depois de testar o código de ética da empresa, Júnior acaba de comprar a Amil.
A venda foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica na semana passada, no dia 17. Com crédito na praça e a história da Qualicorp em seu currículo, Seripieri assumiu R$ 9 bilhões em dívidas de uma empresa que está sangrando, mas que ele promete reerguer.
Assim, em menos de cinco dias, as peças do tabuleiro se movimentaram rápido, e as previsões para o setor, agora, ficaram velhas.
A Hapvida sabe que seus negócios dependem da reputação de sua marca junto a clientes, fornecedores e comunidades. A Qualicorp, por sua vez, entende como o aumento da concorrência pode diminuir a demanda por seus serviços e no aumento do custo da mão de obra especializada. Ambas parecem ter muito trabalho pela frente.
Este é um trecho da coluna de Marcos de Vasconcellos, CEO do Monitor do Mercado, na Folha de S.Paulo.Clique aqui para ler o texto “Crise e Conflitos nos planos de saúde” na íntegra.