A Petrobras confirmou hoje que se reuniu com executivos do fundo Apollo e da Adnoc, ocasião em que foi discutida a posição da companhia no setor petroquímico brasileiro, e que está no momento em processo de análise no âmbito da elaboração do seu Plano Estratégico 2024-28.
“No momento, não estamos conduzindo nenhuma estruturação de operação de venda no mercado privado e que não houve qualquer decisão da Diretoria Executiva ou do Conselho de Administração em relação ao processo de desinvestimento ou de aumento de participação na Braskem”, explicou o comunicado.
No mês passado, a Petrobras recebeu carta da Apollo Management e da Adnoc com informações sobre a proposta não vinculante para aquisição da participação da Novonor na Braskem.
A informação foi encaminhada à Petrobras pelo fato de que a companhia é a segunda maior acionista da Braskem e parte do acordo de acionistas. Além disso, as proponentes manifestaram interesse em discutir potenciais negócios com a Petrobras.
“A companhia reforça o seu compromisso com a ampla transparência dos processos de desinvestimentos e de gestão de seu portfólio e que fatos relevantes serão tempestivamente divulgados ao mercado”, explicou o comunicado.
PROPOSTA
No dia 9 de maio, a Braskem informou que a Novonor confirmou que recebeu do fundo americano Apollo Management e da petroleira Adnoc uma oferta não vinculante para a aquisição indireta da participação detida na Braskem, cujas ações estão alienadas fiduciariamente aos bancos credores. A oferta é também destinada aos bancos credores.
A proposta não vinculante estabelece R$ 47 por ação, que poderá representar 4% entre a assinatura e a conclusão da operação. O preço por ação se divide em R$ 20 pagos à vista, em dinheiro; R$ 20 pagos com debêntures perpétuas emitidas pelos veículos adquirentes, com taxa de 4% ao ano; e aproximadamente R$ 7 com o pagamento diferido na forma de “warrant”.
“A proposta não vinculante depende de avaliação e negociação com a Petrobras e sua efetivação está sujeita ao cumprimento de determinadas condições usuais para este tipo de operação, incluindo mas não se limitando à realização de processo de due diligence e aprovação pelos órgãos competentes das companhias envolvidas”, explicou, na ocasião, a Braskem.
Por fim, a companhia disse que decisões sobre investimentos e desinvestimentos são pautadas em análises criteriosas e estudos técnicos, em observância às práticas de governança e os procedimentos internos aplicáveis.