“Até onde vale a pena os políticos entrarem em rota de colisão com o mercado financeiro e deixarem de lado o que efetivamente importa?”, questiona Marcos de Vasconcellos, CEO do Monitor do Mercado.
Na última semana, falas do presidente Lula e do presidente da Petrobras, Jean Paul Prattes, abalaram o mercado financeiro, levando à queda das ações das duas principais empresas da Bolsa de Valores, a Vale e a Petrobras.
O presidente Lula, em uma entrevista à Rede TV, afirmou que as empresas precisam estar alinhadas aos interesses do governo, o que levantou questões sobre o apadrinhamento político das empresas e a interferência do governo na economia.Escute o Ligando os Pontos no Spotify:
O debate ganhou contornos ainda mais complexos quando Prattes indicou a possibilidade de redução no pagamento de dividendos pela Petrobras, visando investimentos na transição para fontes de energia renováveis. Essa declaração, realizada em meio a um contexto de investigações e turbulências na empresa, gerou incertezas e afetou diretamente o mercado.
Após a gravação do podcast, a Petrobras anunciou o efetivo fim dos dividendos extraordinários.
Nesta edição podcast, Vasconcellos e a repórter Maria Júlia Baumert destacaram o impacto direto no mercado financeiro, especialmente para os investidores estrangeiros que representam mais de 50% do volume de negociação na Bolsa brasileira.