As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) fecharam em queda, pressionadas pelos dados do Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M) que vieram abaixo das expectativas.
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No exterior, a queda das commodities se somam à proximidade da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+). Investidores acompanham, ainda, o desenrolar das negociações em torno do teto da dívida norte- americana, que deve ser votada amanhã na Câmara dos Representantes.
O petróleo está em queda por conta da incerteza dos investidores a respeito da confirmação do acordo do teto da dívida, além da expectativa a respeito da reunião dos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+), em 4 de junho.
O presidente norte-americano, Joe Biden, e o presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, fecharam um acordo no fim de semana e devem ser aprovados no Congresso dos Estados Unidos antes de 5 de junho, dia em que o Departamento do Tesouro diz que o país não será capaz de cumprir suas obrigações financeiras, o que pode atrapalhar os mercados financeiros.
“Um calote potencial teria repercussões econômicas catastróficas no mercado interno e global, o que teria um impacto adverso na demanda de petróleo”, disse Tamas Varga, da PVM Oil.
Por aqui, o mercado segue repercutindo o recuo da inflação: “O IGP-M veio abaixo do esperado, e a gente observa que as curvas de juros também recuaram. Ou seja, uma queda na expectativa de juros. Em linhas gerais, o mercado ainda está tentando medir – quando a gente olha DI futuro – quando vai vir esse corte de juros”, diz Paulo Luives especialista da Valor Investimentos.
O Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M) caiu 1,84% em maio, após queda de 0,95% no mês anterior. Com este resultado, o índice acumula taxa de -2,58% no ano e de -4,47% em 12 meses. Em maio de 2022, o índice havia subido 0,52% e acumulava alta de 10,72% em 12 meses. De acordo com o Termômetro CMA, a expectativa era de queda de 1,77% em maio e baixa de 4,39 % em 12 meses.
De acordo com o fundador da Gava Investimentos, Ricardo Brasil, a queda do DI está cada vez mais relacionada ao alívio da inflação.
“Então, tudo indica, na minha visão, que talvez a gente tenha conseguido resolver o problema maior da inflação e, com isso, a taxa de juros pode voltar a cair em breve”, ele pondera.
“Há parte do mercado que acredita em queda já nessa próxima reunião. Eu ainda acho que vai ser daqui duas reuniões pelo menos”, opina.
Por volta das 16h30 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2024 tinha taxa de 13, 200 % de 13,220 % no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2025 projetava taxa de 11,450 % de 11,470%, o DI para janeiro de 2026 ia a 10,885 %, de 10,950%, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 10,920 % de 10,970 % na mesma comparação. No mercado de câmbio, o dólar operava em alta, cotado a 5,0420 para venda.
Camila Brunelli / Agência CMA
Imagem: piqsels.com
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