O dólar à vista teve uma tarde de oscilações contidas, mantendo-se estável até ganhar um pouco de força no mercado doméstico durante a última hora de negócios. Esse movimento acompanhou parcialmente a valorização da moeda americana em relação ao peso mexicano, após o Banco Central do México anunciar um corte de juros.
Com mínima registrada em R$ 4,9509 e máxima em R$ 4,9858 durante a manhã, o dólar à vista encerrou a sessão cotado a R$ 4,9793, apresentando um aumento de 0,11%.
Na semana, a moeda acumula uma baixa de 0,37%. Apesar do leve avanço hoje, o real teve um desempenho superior ao de outras moedas latino-americanas e à maioria das divisas emergentes e exportadoras de commodities.
Forças opostas mexem com o mercado
Analistas apontam que a formação da taxa de câmbio hoje foi influenciada por forças opostas. Por um lado, o real foi pressionado pelo avanço do dólar em relação a moedas fortes, especialmente devido à fraqueza do euro e do franco suíço, após o Banco Central da Suíça promover um corte inesperado de juros. Por outro lado, sinais positivos foram emitidos nas decisões de política monetária tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.
Opinião dos especialistas
Segundo Felipe Garcia, chefe da mesa de operações do C6 Bank, o mercado de câmbio teve um dia de ajustes após a queda do dólar ontem, impulsionada pela decisão do Fed. Ele ressalta que, embora o dólar esteja mais forte internacionalmente, o real tem se mantido comportado. Já Marcos Weigt, da Tesouraria do Travelex Bank, observa que o real teve um desempenho superior hoje em relação a outras moedas emergentes, atribuindo isso à postura mais “hawkish” do Copom.
Impacto do corte de juros no México
O Banco Central do México anunciou hoje, às 16h, uma redução da taxa de juros em 25 pontos-base, para 11%, conforme esperado pelo mercado. Isso faz com que o México continue a exibir juros mais altos que o Brasil, o que pode manter o peso mexicano com um desempenho superior ao do real nos próximos meses.