A Rede D’or (RDOR3), empresa do setor de saúde, apresentou seus resultados do quarto trimestre, revelando um lucro líquido robusto, porém com variações significativas em diferentes segmentos.
O destaque ficou para o desempenho do negócio hospitalar, que registrou um pequeno ganho na margem de EBITDA, impulsionado pelo crescimento da receita em um dígito alto. Enquanto isso, o segmento de seguro decepcionou, com a sinistralidade apresentando uma melhora abaixo do esperado.
A análise é do BTG Pactual, o maior banco de investimentos da América Latina.
Desempenho financeiro em destaque
A receita líquida da Rede D’or alcançou R$ 13,2 bilhões, em linha com as expectativas do mercado. O EBITDA contábil atingiu R$ 1,48 bilhão, impulsionado principalmente pelo segmento de seguro e pela unidade hospitalar. No entanto, as despesas financeiras líquidas, depreciação e impostos de renda superaram as previsões, resultando em um lucro líquido contábil de R$ 645 milhões, ligeiramente acima do consenso.
Segmento hospitalar e sinistralidade
Na unidade hospitalar, houve um aumento na receita líquida, mas uma queda nos volumes devido à sazonalidade. A taxa de ocupação também apresentou leve redução. Já no segmento de seguro (SULA), apesar do crescimento da receita, a sinistralidade ficou aquém das expectativas, impactada por aumentos de preços compensados por frequências altas.
Recomendação de compra
Mesmo com a dívida líquida da Rede D’or aumentando para R$ 11,5 bilhões, devido ao pagamento de dividendos e maiores desembolsos de juros, o BTG Pactual recomenda compra para as ações, com expectativas positivas para o futuro. O preço-alvo é de R$ 40.
As 12h45, as ações caem 0,69%, cotadas a R$ 25,50.
Segundo o banco, os resultados do quarto trimestre não alteraram significativamente a perspectiva de investimento, com os desafios de aumento da receita no setor hospitalar e a recuperação gradual da sinistralidade no segmento de seguro.