O dólar fechou em queda de 0,47%, cotado a R$ 5,24. A moeda refletiu, ao longo da sessão, ao alívio na tensão global, mas a trajetória dos juros nos Estados Unidos e o fiscal doméstico seguem no radar.
Com a agenda internacional esvaziada, o mercado local viu espaço para uma realização de lucros, além de relatos de internalização de recursos por parte de exportadores em busca de cotações mais vantajosas.
Apesar da correção de hoje, o dólar acumula alta de 4,56% somente em abril.
Negociações intensas no mercado de dólar futuro
O mercado de dólar futuro teve um alto volume de negociações, com o contrato para maio movimentando mais de US$ 18 bilhões. Investidores estrangeiros ampliaram suas posições compradas em derivativos cambiais, atingindo US$ 70,3 bilhões, enquanto os fundos locais mantêm posições vendidas de US$ 8,5 bilhões.
Análise econômica e perspectivas
O economista André Galhardo, da Remessa Online, mencionou, em entrevista ao Estadão, que o movimento de queda do dólar era esperado após as fortes altas dos dias anteriores. Destaca ainda a relevância de fatores externos, como a mudança da meta fiscal de 2025, que impactaram o mercado cambial. A expectativa de cortes de juros nos EUA no segundo semestre, conforme indicado pelo Federal Reserve, também influencia o cenário.
Posicionamento do Banco Central
Durante evento da XP Investimentos em Washington, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a autarquia não reagirá a movimentos de reprecificação do prêmio de risco brasileiro com intervenções no mercado cambial. Campos Neto também sugeriu uma desaceleração no ritmo de corte da Selic em maio, indicando que o BC não seguirá necessariamente o guidance de corte de 0,50 ponto percentual na próxima reunião.
Com informações da Agência CMA