As bolsas da Europa encerraram o pregão desta terça-feira em alta, impulsionadas por avanços acima do esperado nos índices de gerentes de compras (PMIs, na sigla em inglês) e pela divulgação dos resultados da temporada de balanços. Em Londres, o mercado acionário atingiu novos recordes tanto de fechamento quanto intraday.
Resultado dos índices:
- FTSE-100 (Londres): +0,26%, 8.044,81 pontos;
- DAX-30 (Frankfurt): +1,63%, 18.142,58 pontos;
- CAC-40 (Paris): +0,81%, 8.105,78 pontos;
- FTSE MIB (Milão): +1,89%, 34.363,8 pontos;
- IBEX-35 (Madri): +1,70%, 11.075,4 pontos;
- SMI-20 (Zurique): +1,25%, 11.469,15 pontos;
- PSI-20 (Lisboa): +1,19%, 6.592,89 pontos.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 1,11%, atingindo 507,89 pontos.
PMIs acima das expectativas impulsionam o mercado
O sentimento positivo foi fortalecido por dados macroeconômicos promissores, com o PMI composto da zona do euro subindo para 51,4 em abril, o maior nível em 11 meses. Este resultado foi impulsionado pelo setor de serviços, compensando a fraqueza no setor industrial.
“A economia da zona do euro está lentamente saindo da recessão. O PMI de abril mostra que a economia está se preparando para uma aceleração da atividade após um ano e meio de estagnação geral. O setor de serviços está liderando essa aceleração da atividade. O setor manufatureiro continua a sinalizar uma produção em declínio, embora haja alguns sinais visíveis de estabilização. Ainda assim, espera-se que os serviços continuem a liderar a recuperação, já que a fraca demanda global compensa as melhorias nos salários reais domésticos para os fabricantes da zona do euro”, afirma Bert Colijn, economista sênior para a Europa da ING.
O PMI da Alemanha marcou altas tanto nos setores industrial quanto no de serviços. “Levando em consideração os números do PMI, estimamos que o PIB possa expandir em 0,2% no segundo trimestre, após um crescimento estimado de 0,1% no primeiro trimestre”, disse Cyrus de la Rubia, economista-chefe do Hamburg Commercial Bank.
Corte de juros pelo BCE
Dirigentes do BCE vêm reforçando que os cortes de juros por parte do banco estão mais perto. “Salvo surpresas, o corte das taxas em junho é um ‘fato consumado’, disse o vice-presidente da instituição, Luis de Guindos.
Um dos dirigentes do banco que tem uma opinião mais conservadora é o presidente do Bundesbank, Joachim Nagel. “Preciso ser convencido de que a inflação voltará à meta antes que as taxas possam ser cortada”.
O mercado também reagiu às observações do economista-chefe do Banco da Inglaterra (BoE), Huw Pill, que expressou cautela em relação aos cortes de juros, destacando a persistência da inflação e a importância de monitorar os preços de serviços e os avanços salariais.
Resultados corporativos impulsionam setores
Os investidores também reagiram positivamente aos resultados da temporada de balanços, especialmente nos setores de varejo e tecnologia. Em Frankfurt, o DAX fechou em alta de 1,58%, impulsionado pelo desempenho da SAP, que reportou aceleração nos negócios em nuvem e sólidos resultados do primeiro trimestre.
Na Suíça, a farmacêutica Novartis registrou alta (+2,44%) após resultados do primeiro trimestre superarem as expectativas.
Em contrapartida, em Londres, apesar do FTSE 100 ter renovado recordes históricos, ações ligadas a commodities, como a Anglo American, enfrentaram baixas devido a fatores específicos do mercado.
O PSI de Lisboa continua marcando altas expressivas, por conta do bom desempenho da Galp Energia, que subiu 3,7% na sessão por conta da notícia da descoberta de uma reserva de petróleo na Namíbia.
Com informações da Agência CMA