O Grupo Carrefour Brasil registrou vendas consolidadas brutas de R$ 27,8 bilhões no primeiro trimestre deste ano (1T24), sem gasolina, envolvendo as marcas Atacadão, Carrefour, Sam’s Club e Banco Carrefour, alta de 2,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior. No conceito mesmas lojas (LfL), as vendas do grupo Carrefour cresceram 1,2% na comparação anual.
Às 13h15, as ações CRFB3 caem 0,53%, cotado a R$ 11,30.
A companhia atribuiu o resultado à inflação alimentar dos últimos 12 meses, que encerrou o trimestre em 2,5% na comparação ano contra ano, segundo o IBGE, levando à recuperação dos preços e melhor dinâmica de volume com clientes B2B, que retornaram a um padrão de compra mais normalizado.
O desempenho do varejo foi impactado pela redução da área de vendas, por conta da otimização do parque de lojas, enquanto a aceleração da inflação e recomposição dos volumes suportaram a atuação do Atacadão. Por fim, o Sam reportou uma forte expansão, enquanto o Banco Carrefour se beneficiou do maior portfólio de crédito, crescendo 22% e 16%, respectivamente sua carteira de crédito e receita.
Já a XP Investimentos manteve recomendação neutra e preço-alvo de R$ 14/ação.
Genial Investimentos
A Genial Investimentos disse que, no geral, os números vieram em linha com suas expectativas, refletindo “uma dinâmica sequencialmente mais favorável para a vertical de Cash-and-Carry dado a retomada da inflação alimentar, um Varejo pressionado pela revisão do portfólio de lojas e o Sams Club sendo destaque de crescimento”.
Bradesco
O Bradesco BBI ressaltou que os números do Cash & Carry mostraram uma tendência de normalização, retomando a rentabilidade. Outros destaques foram os números de vendas do Varejo e do Sam’s Club, já que a Páscoa impactou o faturamento de março.
“O feriado antecipado em relação a 2023 levou a um SSS positivo no Varejo após dois trimestres em queda, impactado pelo cenário competitivo. O encerramento permanente de supermercados e a conversão de hipermercados com baixo desempenho deveriam ter ajudado na melhoria sequencial acentuada do SSS”, comentou o Bradesco, que manteve o status outperform para o desempenho da companhia.
A análise apontou ainda que vê risco de as vendas do primeiro trimestre anteciparem as vendas de abril, devido aos impactos do calendário. Além disso, o Bradesco acredita que a dinâmica dos lucros de curto prazo poderá continuar pressionada devido às despesas SG&A relacionadas às conversões de lojas na divisão de Varejo, e o Banco Carrefour pode ter o desempenho atingido por novas regulamentações.
“Ainda vemos um forte poder de lucro, que é consideravelmente superior ao nosso lucro esperado de R$ 990 milhões para 2024. Nesse sentido, é possível constatar que a companhia tem uma importante assimetria positiva de valor, com um DCF de R$ 17 para o ano de 2024. Além disso, a ação tem uma avaliação atraente de 11,4x P/L 2025, com base em um CAGR de 60% do EPS e uma expansão de ROE de 8 pontos percentuais (2024-2027)”, concluiu o Bradesco BBI.
*Com informações da Agência CMA