As bolsas europeias encerraram o dia em queda, influenciadas pela cautela em torno da política monetária. A incerteza sobre os próximos passos do Banco Central Europeu (BCE) foi um dos principais fatores de preocupação para os investidores.
As preocupações com as perspectivas para as taxas de juros dos Estados Unidos também ofuscaram os sólidos resultados corporativos que impulsionaram as ações nos últimos dias.
Resultados dos índices:
FTSE-100 (Londres): -0,06%, 8.040,38 pontos;
DAX-30 (Frankfurt): -0,38%, 18.073,62 pontos;
CAC-40 (Paris): -0,17%, 8.091,86 pontos;
FTSE MIB (Milão): -0,27%, 34.271,1 pontos;
IBEX-35 (Madri): -0,43%, 11.027,80 pontos;
SMI-20 (Zurique): -0,86%, 11.370,74 pontos;
PSI-20 (Lisboa): -0,95%, 6.529,93 pontos.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou com queda de 0,45%, a 505,51 pontos.
Preocupação com cortes de juros do BCE
O BCE tem indicado a possibilidade de cortes de juros em junho, mas surgiram incertezas quanto à continuidade dessas medidas. Joachim Nagel, um dos dirigentes do BCE, afirmou hoje que o primeiro corte não necessariamente será seguido por uma série de reduções. Essa perspectiva contribuiu para a cautela no mercado.
Lucros em Wall Street seguem superando as expectativas
Apesar das preocupações com as taxas, os lucros corporativos continuam superando as expectativas em Wall Street. Mais de um quarto das empresas do S&P 500 divulgaram seus resultados até o momento. Dessas empresas, 79% superaram as previsões de lucro, de acordo com dados da FactSet.
“No geral, esses são sinais positivos”, afirma Ayako Yoshioka, gerente sênior de portfólio do Wealth Enhancement Group, sobre a temporada de lucros do primeiro trimestre até agora. “O foco ainda está nos grandes nomes e mercados que reagirão aos relatórios e perspectivas da Meta esta noite e da Microsoft e do Google amanhã”, acrescenta.
Balanços na Europa
Além das questões monetárias, os investidores também reagiram aos balanços divulgados por importantes empresas europeias. Destaque para a Heineken, que teve um aumento de aproximadamente 1,74% na receita do primeiro trimestre. No entanto, a Iberdrola, controladora da Neoenergia no Brasil, registrou um lucro ampliado, mas decepcionou em termos de receita.
No setor bancário, o Lloyds, maior banco de varejo do Reino Unido, reportou um lucro antes de impostos menor no primeiro trimestre, o que impactou negativamente suas ações. A margem de juros líquida foi uma das métricas que preocupou os investidores.
*Com informações da Agência CMA