Em dia de agenda esvaziada e volatilidade, a Bolsa fechou em queda de 0,33%, aos 124.740,69 pontos, com a Vale (VALE3) segurando o índice e o mercado de olho no PIB americano amanhã (25) e na sexta-feira (26) — inflação aqui e lá fora.
Na semana, o índice acumula uma leve queda de 0,31% e, no mês, uma redução de 2,63%. No acumulado do ano, a perda chega a 7,04%.
Agora, os investidores esperam por sinais de quando será o início do ciclo de corte dos juros nos Estados Unidos.
Destaques do dia
A maioria das ações com maior peso no Ibovespa fechou em território negativo, com exceção das ações da Vale (+1,24%), que divulgará seu balanço do primeiro trimestre após o fechamento do mercado.
No segmento bancário, houve um desempenho misto, com destaques para o Itaú PN (-0,44%) e o Santander Unit (+0,11%). Já as ações da Petrobras encerraram em leve baixa, refletindo ainda ajustes relacionados à situação geopolítica no Oriente Médio.
Na ponta positiva, PetroReconcavo (+4,74%), Iguatemi (+2,10%) e Pão de Açúcar (+1,81%) se destacaram. Por outro lado, Petz (-9,51%), Casas Bahia (-4,86%) e Vamos (-4,11%) foram os principais destaques negativos do dia.
Cenário internacional
Nos Estados Unidos, os índices de Nova York não conseguiram manter o ímpeto de recuperação, com o Dow Jones recuando 0,11%, o S&P 500 subindo 0,02% e o Nasdaq avançando 0,10%.
A expectativa dos investidores continua voltada para novos dados econômicos americanos que serão divulgados ainda esta semana, incluindo a leitura preliminar do PIB do primeiro trimestre e o PCE (métrica de inflação ao consumidor), acompanhados de perto pelo Federal Reserve.
Análises
Bruna Sene, analista da Nova Futura Investimentos, disse que neste dia de agenda fraca, o mercado ficou em compasso de espera para dados aqui e nos Estados Unidos e o fiscal doméstico segue no radar dos investidores.
“Em um cenário em que não há sinais para o início do ciclo de corte de juros americanos, aqui a velocidade de redução da Selic deve diminuir e o risco fiscal preocupando o mercado, a Bolsa fica sem motivos para melhorar o desempenho. O mercado fica à espera do PIB dos EUA amanhã (25) e inflação PCE e IPCA-15 na sexta-feira (26). Em termos técnicos, os 126 mil pontos eram suporte par ao Ibovespa, agora vira resistência”.
De acordo com a Fitch Ratings, os bancos brasileiros enfrentarão desafios contínuos nas receitas devido a novos cortes nas taxas de juros. Esses cortes, embora ainda incertos em ritmo e magnitude, poderão impactar as margens líquidas a curto prazo.
*Com informações da Agência CMA