A Weg (WEGE3) reportou hoje, quinta-feira (2), um lucro líquido de R$ 1,33 bilhão no primeiro trimestre de 2024 (1T24), uma alta de 1,6% em relação ao mesmo período em 2023 e uma queda de 23,9% em relação ao último trimestre.
A companhia atribui o resultado do trimestre ao “desempenho positivo nas margens operacionais e no retorno sobre capital investido, fruto do bom desempenho dos negócios de ciclo longo, mix de produtos vendidos e da manutenção da eficiência operacional de nossas operações no Brasil e exterior”.
Segundo a empresa, o forte resultado do lucro líquido no quarto trimestre de 2023 (4T23) foi positivamente impactado pelo reconhecimento de incentivos fiscais referentes à constituição de uma nova controlada na Suíça — por isso a queda de 24% de lá para cá.
Às 13h40 (horário de Brasília), as ações da empresa caem 2,48%, cotadas a R$ 38,57.
Ebtida
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (ebitda, na sigla em inglês) ajustado totalizou R$ 1,77 bilhão no primeiro trimestre de 2024 (1T24), um crescimento de 4,8% em relação ao primeiro trimestre de 2023 (1T23) e 3,2% abaixo dos R$ 1,83 bilhão registrados no quarto trimestre de 2023 (4T23).
A margem ebitda ajustada atingiu 22% entre janeiro e março deste ano, alta de 0,1 ponto percentual (pp) frente a margem registrada em primeiro trimestre de 2023 (1T23) e 0,6 pp acima da margem do quarto trimestre de 2023 (4T23), reflexo principalmente da manutenção dos custos das matérias-primas aliado à alteração do mix de produtos vendidos.
Receita líquida
A receita líquida somou R$ 8,03 bilhões no primeiro trimestre deste ano, crescimento de 4,4% na comparação com o mesmo período em 2023, mas abaixo dos R$ 8,6 bilhões no quarto trimestre de 2023 (4T23), com queda de 6,2%. O mercado externo respondeu por R$ 4,1 bilhões, 2,5% acima do primeiro trimestre de 2023 (1T23) e o mercado interno por R$ 3,9 bilhões, alta anual de 6,5%.
A receita operacional líquida do mercado externo, medida em dólares norte-americanos (US$) pelas cotações trimestrais médias, apresentou crescimento de 7,5% em relação ao primeiro trimestre de 2023 (1T23) e redução de 7,5% em relação ao quarto trimestre de 2023 (4T23).
Retorno sobre o capital investido (ROI)
O retorno sobre o capital investido (ROI) atingiu 38,9% no primeiro trimestre de 2024 (1T24), crescimento de 7,5 pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre de 2023 (1T23) e redução de 0,3 ponto percentual em relação ao quarto trimestre de 2023 (4T23).
Despesas
As despesas de vendas, gerais e administrativas consolidadas totalizaram R$ 884,2 milhões no primeiro trimestre de 2024 (1T24), um aumento de 6,9% sobre o mesmo período em 2023 e uma redução de 5% sobre o quarto trimestre de 2023 (4T23).
O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 72,5 milhões no primeiro trimestre de 2024, uma elevação de 5,8% sobre as perdas financeiras da mesma etapa de 2023.
Investimentos e caixa
No primeiro trimestre de 2024 (1T24), a Weg investiu R$ 351,5 milhões em modernização e expansão de capacidade produtiva, máquinas e equipamentos e licenças de uso de softwares, sendo 64% destinados às unidades produtivas no Brasil e 36% destinados aos parques industriais e demais instalações no exterior.
Em 31 de março de 2024, o caixa líquido da Weg era de R$ 3,796 bilhões, ante R$ 2,052 bilhões no primeiro trimestre de 2023 (1T23).
BTG Pactual
Para o BTG, a empresa reportou resultados em linha com as estimativas no primeiro trimestre, com crescimento fraco da receita já previsto devido à diminuição das entregas de energia renovável no Brasil e taxas de câmbio desfavoráveis, com margem robusta.
O banco mantém recomendação neutra, com preço-alvo a R$ 50.
Itaú BBA
O Itaú BBA destaca que os resultados do primeiro trimestre foram positivos, com margens se mantendo elevadas, reforçando a tese de que elas devem se acomodar em níveis mais altos do que a média histórica.
O banco reforça recomendação de compra, com preço-alvo a R$ 47.
Ativa Investimentos
A Ativa Investimentos diz que a empresa reportou resultados mistos no primeiro trimestre, por um lado com rentabilidade saudável e, por outro, com receita mais fraca.
A corretora mantém recomendação de compra, com preço-alvo a R$ 41,50.
Bradesco BBI
O Bradesco BBI ressaltou que os resultados do primeiro trimestre surpreenderam novamente, com margens mantendo bons patamares e compensando o crescimento mais lento das receitas, que ficaram 4% abaixo das estimativas.
A recomendação do banco é neutra, com o preço-alvo aumentando de R$ 38 para R$ 40.
*Com informações da Agência CMA