As bolsas europeias encerraram o pregão sem uma direção definida nesta quinta-feira (2), influenciadas pela decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, ontem, que manteve suas taxas de juros inalteradas. No entanto, a possibilidade de futuros aumentos devido à persistente inflação foi descartada, gerando reações mistas nos mercados.
Os investidores também estiveram atentos aos resultados corporativos, com destaque para a Shell, que surpreendeu positivamente e impulsionou o FTSE 100 em Londres para uma nova máxima histórica.
Resultados dos índices:
- FTSE-100 (Londres): +0,63%, 8.172,15 pontos (máxima histórica);
- DAX-30 (Frankfurt): -0,15%, 17.905,58 pontos;
- CAC-40 (Paris): -0,88%, 7.914,65 pontos;
- FTSE MIB (Milão): -0,03%, 33.736,40 pontos;
- IBEX-35 (Madri): +0,16%, 10.872,00 pontos;
- SMI-20 (Zurique): -0,46%, 11.209,63 pontos;
- PSI-20 (Lisboa): +0,75%, 6.665,17 pontos.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,19%, a 503,33 pontos.
Decisão do Fed
Ontem, o Fed manteve as taxas de juros inalteradas, mantendo-as na faixa de 5,25% a 5,5%, conforme esperado. O presidente do Fed, Jerome Powell, indicou que o próximo movimento do banco central provavelmente não será um aumento das taxas.
“No entanto, ele também alertou que as taxas podem permanecer altas por mais tempo na luta contra a inflação. Agora, a expectativa é de apenas um corte nas taxas este ano, embora o momento desse corte permaneça incerto, especialmente diante do sólido crescimento econômico”, diz a analista sênior do City Index, Fiona Cincotta.
Cenário corporativo
Os investidores também estiveram atentos aos resultados corporativos, com destaque para a Shell, que surpreendeu positivamente e impulsionou o FTSE 100 em Londres para uma nova máxima histórica. As ações da Shell subiram 2,43% após a empresa anunciar lucros acima do esperado e um programa de recompra de ações.
O UBS está considerando cortar centenas de milhões de dólares em custos de sua divisão de gestão de ativos, visando mitigar a pressão sobre os lucros nesse setor. Essas preocupações com a rentabilidade influenciaram o desempenho das ações do UBS, que subiram 0,08% em Zurique.
A farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk superou as expectativas de lucro, impulsionada pela crescente demanda por seus medicamentos para perda de peso. Enquanto isso, a gigante do petróleo Shell também registrou um desempenho sólido, com margens de refino mais altas e negociações de petróleo robustas.
O banco holandês ING encerrou o dia com um aumento de 6,5%, após anunciar uma recompra de ações no valor de 2,5 bilhões de euros.
Outras empresas como AXA, ArcelorMittal, Orsted, Vestas, Hugo Boss, Pandora e Standard Chartered também divulgaram seus resultados durante o dia.
*Com informações da Agência CMA