O Ibovespa, principal índice da nossa Bolsa, fechou em alta de 0,95%, aos 127.122,25 pontos, na primeira sessão de maio após o feriado.
A alta foi impulsionada pela elevação da perspectiva da nota de crédito do Brasil de estável para positiva feita pela Moody’s e pelas falas de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, que apesar de prolongar ainda mais a manutenção dos juros, disse que aumento é “improvável”.
Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos, disse que a volta do feriado “refletiu uma melhora no apetite ao risco dos investidores diante da combinação de um discurso mais leve do Fed e da melhora da perspectiva da nota de crédito do Brasil pela Moody’s”.
Para ele, a maioria das ações do Ibovespa fecharam em alta, impulsionado pela valorização das blue chips, como Vale, Petrobras e bancos, com exceção para o Bradesco.
Na semana, o índice avança 0,37%, mas no acumulado do ano ainda cede 5,26%.
Fed e política monetária dos EUA
No comunicado do Federal Reserve, destacou-se a persistência da inflação nos Estados Unidos, embora tenha se moderado ao longo do último ano. O presidente do BC americano, Jerome Powell, indicou que não considera provável um aumento iminente na taxa de juros de referência.
A comunicação do Fed foi considerada “dovish”, contribuindo para a melhora do humor nos mercados. Além disso, a reunião ampliou as chances de um possível ciclo de relaxamento monetário já na próxima reunião em junho.
Perspectivas da agência Moody’s
A notícia da agência Moody’s, que melhorou a perspectiva da nota de crédito do Brasil de estável para positiva, trouxe mais confiança aos investidores. Isso indica uma aposta em um crescimento mais robusto da economia brasileira. A agência ressaltou, no entanto, a importância de o governo manter uma política fiscal responsável para sustentar essa melhora.
Cenário corporativo
No mercado de ações, as empresas ligadas à economia doméstica foram destaque positivo e as blue chips — Vale (1%) e Itaú (1,45%) — subiram.
O Bradesco foi destaque negativo após apresentar resultados abaixo do esperado, gerando preocupações quanto ao cumprimento das metas para o ano. As ações fecharam em queda de 1,14%.
As maiores altas da sessão foram CVC (12,46%), Pão de Açúcar (8,53%) e Magazine Luiza (7,35%), impulsionadas pelo setor de varejo e outros ativos sensíveis a juros e ao ciclo doméstico. Do outro lado, entre as maiores baixas, ficaram, além de Bradesco, Embraer (-1,89%), Weg (-1,77%) e Prio (-1,21%).
*Com informações da Agência CMA