O dólar fechou em uma queda significativa de 1,53% hoje, se aproximando do patamar de R$ 5,10 no fechamento — seu menor valor desde 11 de abril.
A fala de ontem do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, indicando que não haverá um aumento nas taxas de juros nos Estados Unidos, continuou impactando o mercado, levando a uma desvalorização adicional da moeda americana no exterior e à queda nas taxas dos Treasuries.
Real se beneficia da retomada do apetite por moedas emergentes
O real, que geralmente sofre mais em momentos de aversão ao risco, foi a moeda que mais se beneficiou da recuperação do interesse dos investidores por divisas emergentes, especialmente as latino-americanas. Com o mercado local fechado ontem devido ao feriado do Dia do Trabalho, o real refletiu hoje os eventos externos da quarta-feira, 1º.
Perspectiva de rating do Brasil é elevada pela Moody’s
A alteração da perspectiva do rating do Brasil de “estável” para “positiva” pela agência de classificação de risco Moody’s também influenciou positivamente. Esse conjunto de informações abriu espaço para uma correção mais forte da moeda.
Fala de Powell indica manutenção dos juros nos EUA
Jerome Powell, em sua coletiva, indicou que uma alta de juros nos EUA é “improvável”, o que contrasta com as expectativas recentes do mercado. O relatório mensal de emprego (payroll) nos EUA, a ser divulgado amanhã, pode influenciar as projeções para a taxa básica americana.
Segundo Leonardo Monoli, da Azimut Brasil, Powell não sinalizou claramente cortes nas taxas este ano, mas destacou que os juros podem permanecer nos níveis atuais “por mais tempo”.
Fluxo cambial
O Banco Central divulgou que o fluxo cambial em abril, até o dia 26, é negativo em US$ 741 milhões, com saída de US$ 10,635 bilhões pelo canal financeiro, superando a entrada líquida de US$ 9,893 bilhões via comércio exterior. No ano, o fluxo total ainda é positivo em US$ 4,021 bilhões.