O dólar fechou em alta de 0,07%, cotado a R$ 5,07. A sessão foi marcada pela baixa volatilidade da moeda, devido à falta de indicadores tanto aqui quanto lá fora.
O mercado, contudo, está atento à ajuda federal ao Rio Grande do Sul, e como isso eventualmente pode afetar o fiscal doméstico.
Segundo o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, o mercado busca encontrar um rumo.
“A queda de 0,25 ponto percentual (p.p.) na Selic (taxa básica de juros) é boa para o real, mas o mercado está preocupado com o tamanho da receita que vai para o Rio Grande do Sul, é um fator a mais de pressão fiscal, elevando o risco”, pondera.
Cenário de cautela antes da decisão do Copom
A expectativa em torno da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, agendada para quarta-feira (8), contribui para a cautela dos investidores. A liquidez reduzida e as oscilações modestas são reflexo desse ambiente.
Governo busca solução para o Rio Grande do Sul
Fontes indicam que o governo pretende auxiliar o Rio Grande do Sul sem comprometer a estabilidade fiscal. A possibilidade de liberar créditos extraordinários controlados inicialmente e fiscalizados posteriormente é considerada.
Rodrigo Pacheco sugeriu a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nos moldes adotados durante a pandemia, visando liberar recursos para o Rio Grande do Sul. A medida conta com apoio de diversos setores políticos.
DXY opera em alta no exterior
No mercado internacional, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a seis divisas fortes, operou em ligeira alta, impulsionado pelas perdas do iene. O euro e a libra apresentaram ganhos leves em relação ao dólar.
Perspectiva positiva para o real
A melhora da perspectiva do rating do Brasil pela agência Moody’s, somada ao relatório de emprego nos EUA, contribuíram para a redução do dólar. O cenário externo favorável pode influenciar a taxa de câmbio, que deve oscilar entre R$ 5,05 e R$ 5,10.
*Com informações da Agência CMA