O dólar acelerou o ritmo de queda e já quebrou a barreira dos R$ 5,00. A moeda reflete majoritariamente a desaceleração da inflação doméstica, além de um movimento de correção.
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O economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, entende que apesar de ter ficado abaixo das projeções, o PIB norte-americano não foi ruim, mas que a alta da inflação Estados Unidos reforça as expectativas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) prossiga o aumento dos juros.
Por outro lado, a queda de 0,95% no IGP-M de abril, abaixo das expectativas de -0,69%, reforça o promissor cenário local: “O menor risco inflacionário e a perspectiva na Selic (taxa básica de juros) favorecem os ativos locais. O real está muito atrasado em relação aos pares, e tem espaço para cair neste mês”, avalia Borsoi.
Para o analista da Ouro Preto Investimentos Bruno Komura, “isso acabou estressando o mercado e cria-se um movimento de aversão ao risco. Provavelmente irá pressionar o dólar para cima, aumentando o receio de recessão”, referindo-se ao Produto Interno Bruto (PIB) e índice de preços para os gastos pessoais (PCE) nos Estados Unidos.
O PIB do primeiro trimestre, divulgado nesta manhã, apontou alta de 1,1% ante projeções de 2%. Já o PCE subiu 4,2% no mesmo período.
Komura entende que isso faz com que parte do mercado precifique a manutenção dos juros na reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) que ocorre na próxima semana, mas que as apostas predominantes ainda são um aumento residual de 0,25 ponto percentual (pp).
Por volta das 14h32 (horário de Brasília), o dólar comercial caía 1,26%, cotado a R$ 4,9940 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em maio de 2023 recuava 1,05%, cotado a R$ 4.998,00.
Paulo Holland / Agência CMA
Imagem: piqsels.com
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