Em dia de agenda cheia por aqui e nos Estados Unidos com a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) por lá no primeiro trimestre de 2023, o Ibovespa futuro opera em queda com os investidores repercutindo os dados econômicos, balanços corporativos que estão a todo vapor e na expectativa do debate entre o presidente do Banco Central, Roberto Campo Neto, e os ministros da Fazenda, Fernando Haddad e do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, no Senado. O tema da discussão será inflação, juros e crescimento econômico. É a segunda vez na semana que Campos Neto volta à Casa Legislativa.
Nos Estados Unidos, o PIB no 1T23 cresceu 1,1% em base anualizada, mas desacelerou frente ao 4T22 (+2,6%). O mercado estimava um aumento de 2,0%. Segundo alguns analistas do mercado “os dados confirmam a tese de desaceleração econômica nos Estados Unidos”.
Por aqui, mais cedo saiu a Pesquisa de Serviços divulgado pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), que cresceu 1,1% em fevereiro na comparação com janeiro, acima das estimativas dos analistas (+0,45%). Hoje ainda será divulgado o Caged-Cadastro Geral de Empregados e Desempregados de março.
Os investidores ainda devem repercutir o balanço da Vale (VALE3). A mineradora reportou lucro líquido de US$ 1,84 bilhão, queda de 58,8% ante o mesmo período de 2022. As prévias operacionais da semana passada já tinham indicado vendas piores que o mercado estimava.
As ações da Vale (VALE3) têm caído bastante com a queda do minério de ferro em Dalian. Ontem, fechou com ligeira alta. Alguns analistas dizem que os números vieram abaixo do esperado.
Às 9h47 (horário de Brasília) o Ibovespa futuro com vencimento em junho caía 0,63%, aos 103.668 pontos. Os futuros norte-americanos subiam e as bolsas europeias operavam no positivo. Na Ásia, os índices fecharam em alta.
De acordo com o relatório da Mira Asset, em dia de agenda extensa aqui e lá foram os investidores ficam atentos ao debate, no Senado, entre Roberto Campos e os ministros da Fazenda e Planejamento. “Nossa expectativa é de que RCN comece a sinalizar boa vontade para a redução da taxa de juros, após o IPCA-15 de abril ficar em 0,57% [divulgado ontem], menor que o esperado”.
Soraia Budaibes / Agência CMA
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