Os cinemas andam vazios e isso mais do que apenas as bilheterias. No mais recente episódio do podcast “Ligando os Pontos”, Marcos de Vasconcellos, CEO do Monitor do Mercado, e Maria Júlia Baumert, repórter, discutem como a mudança no comportamento do consumidor em relação ao cinema afeta não apenas a venda de pipoca e refrigerantes, mas também investimentos em fundos imobiliários.
Essa mudança de hábito, impulsionada pelo aumento do consumo de conteúdo por streaming e a falta de grandes lançamentos, está influenciando diretamente o movimento nos shoppings, onde estão concentradas a maioria das salas de cinema. Com menos pessoas visitando os shoppings para assistir a filmes, os fundos imobiliários que dependem do fluxo de clientes para manter seu valor e pagar dividendos estão sofrendo.
O Ligando os Pontos está disponível no YouTube e no Spotify.
De janeiro a abril de 2024, quatro dos principais fundos de shoppings tiveram uma queda significativa, de até 13,85%, enquanto o índice geral dos fundos imobiliários, o IFIX, subiu 2,35% no mesmo período.
Para contrabalançar a redução de público, os shoppings estão sendo forçados a se reinventar. Eles estão mudando o mix de lojas, buscando alternativas para atrair mais visitantes. A presença de serviços públicos como o Poupatempo e eventos especiais são algumas das estratégias usadas para manter os shoppings atrativos.
Apesar do cenário difícil, o BTG Pactual lançou recentemente um relatório sobre a Reforma Tributária e seu impacto nos shoppings, sugerindo que mesmo que exista um aumento efetivo nos impostos pagos pelos empreendimentos, novos créditos tributários podem amenizar a alta. Com o setor descontado, o banco vê oportunidade e Iguatemi (IGITI11) é top pick.
Para quem investe em fundos imobiliários de shoppings, a dica de Vasconcellos é simples: conheça o shopping em que está investindo. Visite, veja a movimentação e analise as estratégias que estão sendo usadas para atrair público.









