As bolsas europeias registraram ganhos hoje, impulsionadas pela divulgação de balanços e pelas expectativas de relaxamento monetário. Em Londres, o FTSE 100 alcançou uma nova máxima histórica de fechamento, refletindo a tendência positiva.
Resultados dos índices:
- FTSE-100 (Londres): +0,49%, 8.354,05 pontos;
- DAX-30 (Frankfurt): +0,27%, 18.488,07 pontos;
- CAC-40 (Paris): +0,69%, 8.131,41 pontos;
- FTSE MIB (Milão): -0,27%, 34.151,4 pontos;
- IBEX-35 (Madri): +0,65%, 11.153,00 pontos;
- SMI-20 (Zurique): +0,78%, 11.602,21 pontos;
- PSI-20 (Lisboa): +0,15%, 6.726,20 pontos.
O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou o dia com um aumento de 0,33%, atingindo 515,72 pontos.
FTSE 100 alcança nova máxima histórica
Em Londres, o FTSE 100 subiu 0,49%, chegando a 8.354,05 pontos. A fraqueza da libra esterlina tem contribuído para o desempenho favorável do FTSE 100, uma vez que uma moeda mais fraca beneficia as empresas com grande presença internacional, aumentando o valor relativo de seus lucros externos.
Indicadores macroeconômicos e decisões de política monetária
No cenário macroeconômico, a produção industrial na Alemanha diminuiu 0,4% em março em comparação com o mês anterior, porém os analistas previam uma queda maior.
Em relação à política monetária, o Banco Central da Suécia, o Riksbank, reduziu hoje sua taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual (pp), para 3,75%, e indicou que pode reduzi-la mais duas vezes ao longo do segundo semestre.
O Banco da Inglaterra (BoE) vai decidir sua taxa de juros amanhã (9), mas não se espera nenhuma mudança. “Por muito tempo, mantivemos a visão de que este ciclo de flexibilização será mais tardio e menos profundo do que muitas pessoas esperam, com a inflação provavelmente sendo estruturalmente mais alta na década que está por vir”, diz Jessica Shuman, especialista sênior em investimentos na Insight Investment em uma nota.
Os mercados precificam 0,54 pp de cortes na taxa do BoE em 2024, com os cortes começando em agosto, mostram dados da Refinitiv. Por sua vez, o Banco Central Europeu (BCE) provavelmente anunciará seu primeiro corte de juros em junho, uma vez que a inflação na zona do euro está se aproximando da meta de 2%.
Cenário corporativo
As ações da BMW registraram uma queda de 3%, em resposta à divulgação de uma margem de lucro mais baixa no primeiro trimestre. Isso ocorreu em meio a custos mais elevados e uma demanda fraca por seus carros de luxo.
A AB InBev, a maior cervejaria do mundo, reportou um bom desempenho em receita e volume de vendas no primeiro trimestre. Em reação, as ações da empresa, que controla a Ambev no Brasil, estão avançaram 5% em Bruxelas. Este desempenho também teve um efeito positivo em seus concorrentes, como a Heineken, que subiu 2,10% em Amsterdã, e a Carlsberg, com um aumento de 2,16% em Copenhague.
Por outro lado, as ações da alemã Siemens Energy apresentaram um salto de até 12,8% nas negociações matinais. Esse aumento foi impulsionado pela elevação da perspectiva para 2024, atribuída à força de seu negócio de rede elétrica.
*Com informações da Agência CMA