As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) abriram o pregão de hoje em alta, puxadas pelos dados de inflação do IPCA-15 abaixo do esperado e dos treasuries (títulos do Tesouro norte-americanos) de dois anos, que caem nos Estados Unidos.
Na manhã de hoje foi divulgado oIndice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que avançou 0,57% em abril na comparação com março, desacelerando-se em relação à alta apurada no período anterior (0,69%), segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, disse que o comportamento das taxas reflete a aceleração na base mensal da inflação de serviços, apesar de ficar estável na base anual.
“O BC tem reforçado que a inflação de serviços é um fator importante, e que está monitorando com atenção. Eu acho que por isso o mercado está sem espaço para a queda das taxas – principalmente as mais curtas, que refletem a perspectiva de política monetária”, explicou o especialista, complementando que as taxas mais curtas têm viés de alta.
“As taxas mais longas estão repercutindo os treasuries de dois anos que estão caindo nos Estados Unidos.”
Rostagno disse que apesar de os dados do IPCA-15 terem vindo mistos, com alguns sinais positivos como a inflação de alimentos mais baixa, o contraponto da inflação de serviços tende a manter as taxas perto da estabilidade.
“Os dados de bens duráveis dos Estados Unidos também vieram mistos, por isso mercado de juros e Taxas DI não foi impactado”, ele concluiu.
Por volta das 10h20 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2024 tinha taxa de 13,195% de 13,185% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2025 projetava taxa de 11,830 % de 11,960%, o DI para janeiro de 2026 ia a 11,595 %, de 11,580%, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 11,740% de 11,720 % na mesma comparação. No mercado de câmbio, o dólar operava em estabilidade, cotado a R$ 5,0640 para venda.
Camila Brunelli / Agência CMA
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