O Ibovespa, principal índice da nossa Bolsa, fechou em alta de 0,21%, atingindo os 129.480,89 pontos, antes da decisão da taxa básica de juros do País (Selic) pelo Comitê de Política Monetária (Copom).
A incerteza em torno do tamanho do corte, somada às preocupações recentes sobre as contas públicas, tem mantido os investidores em alerta. Além disso, a catástrofe natural ocorrida no Rio Grande do Sul também contribui para o clima de incerteza, embora ainda não seja possível quantificar seu impacto.
Bruna Sene, analista da Nova Futura Investimentos, disse que em dia morno nos Estados Unidos, o mercado fica de olho na decisão do Copom.
“A grande expectativa é para a decisão da Selic, que vai ser dividida. O mercado precificou 0,25 ponto porcentual (pp), mas se vier 0,50pp não será surpresa. (…) A tragédia no Rio Grande do Sul também deve ser tratada entre os integrantes do BC porque impacta na inflação” explicou.
Na semana, o índice acumula um ganho de 0,76%, enquanto no mês avança 2,82%, limitando a queda no ano a 3,51%.
Cenário internacional
No contexto internacional, a postura mais cautelosa do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, destoa dos bancos centrais europeus, que têm adotado medidas de afrouxamento monetário.
Hoje, o Riksbank da Suécia iniciou um ciclo de cortes, reduzindo a política monetária pela primeira vez em oito anos. Essas movimentações têm reflexos nos mercados globais, incluindo o brasileiro.
Mercado de ações
As gigantes duelaram na sessão de hoje. A Petrobras registrou um avanço de 1,06% (ON) e 1,53% (PN), impulsionada pelos aumentos nos preços do Brent e do WTI, após dados sobre os estoques nos EUA reforçarem a expectativa por demanda, contrapondo a perda de 0,91% da Vale (ON).
Refletindo aos balanços trimestrais, as maiores altas ficaram Marfrig (+11,18%), BRF (+11,17%) e Lojas Renner (5,78%). Por outro lado, entre as maiores baixas, ficaram Pão de Açúcar (-5,88%), Petz (-6,02%) e Telefônica Brasil (-5,63%).
*Com informações da Agência CMA