A Taesa (TAEE11), empresa de transmissão de energia elétrica, apresentou o balanço referente ao primeiro trimestre de 2024 (1T24), destacando um lucro líquido de R$ 374 milhões conforme as normas contábeis internacionais (IFRS). Esse valor representa uma queda de 3,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior, no primeiro trimestre de 2023.
De acordo com a empresa, esse resultado é influenciado pela redução da margem de construção de Ivaí, em operação desde o início deste ano, devido aos menores índices de inflação registrados, afetando a receita de correção monetária, além do aumento da despesa financeira líquida e eventos não-recorrentes. No entanto, foram observadas compensações parciais pela evolução de novos projetos e eficiência tributária de incorporações de empresas concluídas em 2023.
Ebitda apresenta alta, mas margem recua
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) IFRS da Taesa atingiu R$ 558 milhões no primeiro trimestre de 2024 (1T24), representando um aumento de 2% em relação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, a margem Ebitda IFRS recuou 2,7 pontos percentuais, fechando em 76,3%. Esse aumento é explicado principalmente pelo incremento da margem de implementação de infraestrutura, em decorrência de maiores investimentos em empreendimentos e início operacional de novas fases de projetos.
Receita líquida e regulatória têm variações
A receita líquida da Taesa alcançou R$ 731 milhões, registrando um aumento de 5,5% em comparação ao primeiro trimestre de 2023 (1T23), impulsionada pelo início da operação de novos empreendimentos e maiores investimentos realizados. Por outro lado, a receita líquida regulatória no primeiro trimestre de 2024 (1T24) foi de R$ 584 milhões, 2,4% menor que no primeiro trimestre de 2023 (1T23), influenciada principalmente por reajustes negativos e variações na Parcela Variável.
Custos, despesas e endividamento
Os custos, despesas e depreciação e amortização totalizaram R$ 187,3 milhões no primeiro trimestre de 2024 (1T24), um aumento de 25% em relação ao primeiro trimestre de 2023 (1T23). Os custos de PMSO aumentaram 29,8% anualmente.
Quanto ao endividamento, a dívida bruta da Taesa atingiu R$ 9,893 bilhões no primeiro trimestre de 2024 (1T24), 0,6% maior que no trimestre anterior. Já o caixa da companhia registrou uma queda de 17,1%, totalizando R$ 1,091 bilhão, resultando em uma dívida líquida de R$ 8,801 bilhões, 3,3% maior que no quarto trimestre de 2024 (4T23). A relação dívida líquida sobre Ebitda ficou em 3,8x no 1T24, pouco acima do registrado no trimestre anterior.
*Com informações da Agência CMA