Os principais índices do mercado de ações europeu fecharam o pregão desta quinta-feira em alta, com os investidores avaliando os últimos resultados corporativos e a decisão de política monetária do Banco da Inglaterra (BoE).
Durante esta manhã, o BoE anunciou que manterá as taxas de juros inalteradas em 5,25%, conforme as expectativas do mercado, porém, deixou aberta a possibilidade de cortes nas próximas reuniões, o que impulsionou o sentimento dos investidores. Com isso, a Bolsa de Londres se destacou e renovou sua máxima histórica de fechamento.
Resultados dos índices:
- FTSE-100 (Londres): +0,33%, 8.381,35 pontos;
- DAX-30 (Frankfurt): +1,04%, 18.679,71 pontos;
- CAC-40 (Paris): +0,69%, 8.187,65 pontos;
- FTSE MIB (Milão): +0,55%, 34.339,3 pontos;
- IBEX-35 (Madri): -0,92%, 11.050,10 pontos;
- SMI-20 (Zurique): fechado devido a um feriado;
- PSI-20 (Lisboa): +1,59%, 6.833,23 pontos.
Perspectivas do Banco da Inglaterra
O BoE, embora mantenha uma postura otimista, está cauteloso diante das incertezas relacionadas aos índices de inflação no curto prazo. Analistas do ING sugerem que um possível corte de juros poderá ocorrer já na próxima reunião, em junho, ou mais provavelmente em agosto. A declaração do presidente do BoE, Andrew Bailey, indicando a possibilidade de redução em junho, porém sem confirmar, gerou expectativas entre os investidores.
“O banco pode estar planejando reduzir as taxas no próximo mês”, disse Jamie Dutta, analista de mercado da Vantage. Isso indica que a divergência com o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) — que provavelmente adiará os cortes de taxas — está aumentando, conforme observado em uma nota.
“O Banco da Inglaterra agora está mais alinhado com o Banco Central Europeu (BCE), acrescentou.
Cenário corporativo
O índice FTSE 100, em Londres, registrou um avanço de 0,33%, impulsionado principalmente pelo desempenho do setor aeroespacial e de defesa. Empresas como Rolls-Royce e BAE Systems apresentaram resultados robustos, impulsionados pela demanda por gastos com defesa, agravada pela instabilidade geopolítica no Oriente Médio e pela guerra na Ucrânia.
Em Madri, o BBVA anunciou uma oferta hostil para adquirir o Sabadell, após uma proposta inicial ter sido rejeitada. A notícia afetou o desempenho das ações, com o BBVA registrando queda de 6,34%. Enquanto isso, a Telefónica divulgou um balanço melhor do que o esperado, porém, suas ações recuaram 0,57%.
Ferrovial, EDP, Enel, Pirelli e Salvatore Ferragamo também divulgaram seus resultados nesta quinta-feira.
*Com informações da Agência CMA