O dólar comercial fechou em alta de 2,17%, cotado a R$ 5,0840. Mais do que a situação global, o driver de hoje foi o texto do arcabouço fiscal doméstico, tido como expansionista pelo mercado, que foi entregue ao Congresso.
O analista da Ouro Preto Investimentos Bruno Komura entende que o fiscal pesa muito, e que o mercado irá ficar de olho na tramitação do texto no Congresso.
Para o head de tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, o texto tem muitas exceções, e agora o desafio é o Congresso aprovar: “Vamos ver o que sai disso. Agora tem as incertezas de como isso vai ficar, pontua Weigt”.
De acordo com o boletim da Ajax Asset, “lá fora, dados de inflação mais fortes do Reino Unido pressionam os preços dos ativos de risco nesta manhã. Bolsas recuam na Europa, assim como os índices futuros nos Estados Unidos. Juros americanos voltam a operar em alta e dólar ganha força frente às principais moedas. Por aqui, os investidores digerem o texto do novo arcabouço fiscal. Preços de ativos devem seguir piora externa e incerteza política”.
A inflação do Reino Unido subiu em março, na base anual, 10,1% ante consenso de 9,8%, enquanto o núcleo manteve-se estável (6,2%) ante projeções de 6,0%.
Paulo Holland / Agência CMA
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