A Eucatex (EUCA3 e EUCA4) anunciou o fim definitivo do acordo firmado entre a empresa, o Ministério Público e a Prefeitura de São Paulo. O acordo foi aprovado pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e transitou em julgado na Justiça.
Com a movimentação, fica liberada a entrada do BTG Pactual como sócio da empresa, com 33% das ações e um membro do conselho indicado por ele.
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O acordo da indústria de pisos e divisórias da família Maluf foi para encerrar um processo milionário contra a companhia, acusada de se beneficiar de superfaturamentos na época em que Paulo Maluf era prefeito de São Paulo.
Com o encerramento definitivo da controvérsia, a Eucatex está agora protegida contra eventuais questionamentos, proporcionando segurança jurídica tanto para a empresa quanto para seus investidores, explica Eduardo Diamantino, advogado que representou a empresa na negociação.
Nesta quarta-feira (19), após o anúncio, as ações ordinárias (EUCA3) subiram mais de 14%, atingindo o preço de R$ 10,72 às 15h.
Segundo José Antônio Goulart de Carvalho, diretor vice-presidente Executivo e de Relações com Investidores da Eucatex, a chegada do BTG Pactual e o compromisso reforçado com a governança colocam a empresa em uma posição privilegiada em um cenário de perspectiva de retomada do setor de construção civil.
A companhia se comprometeu a migrar, em até 12 meses, para o segmento especial de listagem da B3 no chamado “nível 2”, onde se é preciso adotar padrões de governança corporativa mais elevados.
Uma das mudanças esperadas é a consolidação das iniciativas de ESG. Recentemente, foi feita a revisão do código de Ética e Conduta e também da Norma de Política Anticorrupção, focados na esfera da governança.
Em relação à parte ambiental, a Eucatex celebrou um contrato de compra de energia solar com o Grupo Comerc, que envolveu a compra de 64,8% das ações da geradora Castilho I, uma das maiores do estado de São Paulo. A geração de energia limpa e renovável irá suprir metade da demanda da fábrica da Companhia em Salto (SP).
Além disso, a empresa também utiliza biomassa, reaproveitando mais de 100 mil toneladas de resíduos de madeira por ano para abastecer as caldeiras da unidade.
Imagem: Dinamica Stands