As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) subiram, puxadas por uma correção e as notícias sobre o arcabouço fiscal, principalmente os itens que ficariam de fora.
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Ainda impactam os juros, a indecisão sobre a taxação das empresas chinesas e a declaração do presidente do Federal Reserve (banco central norte-americano) de St. Louis, James Bullard, que disse que Fed deve continuar elevando as taxas de juros com base em dados recentes que mostram inflação nos Estados Unidos ainda persistente.
O Ministério da Fazenda finalmente liberou o texto sobre o novo marco fiscal. O texto é um projeto de lei complementar e é composto por cinco capítulos em sete páginas. No texto, fica indicado que a Lei de Diretrizes Orçamentárias definirá a meta de resultado primário do Governo Central para o exercício a que se referir e a projeção para os três anos seguintes.
Não estão incluídos na base de cálculo e nos limites propostos gastos com fundos de saúde, despesas com projetos socio ambientais custeados com recursos de doações, as despesas das universidades federais, despesas custeadas com recursos de transferências dos entes federativos para a União para execução de obras e serviços de engenharia, despesas do ato das disposições constitucionais transitórias e atualização monetárias dos precatórios inscritos nos exercícios e despesas com o aumento com o aumento de capital de empresas estatais não financeiras e não dependentes. No total, são 13 exceções.
Em entrevista na tarde de hoje, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a isenção de impostos entre encomendas de pessoa física para pessoa física até 50 dólares será mantida. Haddad confirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ontem para que seja resolvida essa questão de forma administrativa. “Ou seja, coibir o contrabando usando o poder de fiscalização da Receita Federal”, disse. A ideia é acabar com a concorrência desleal por parte de uma empresa que o ministro preferiu não citar o nome.
Conforme disse o sócio-diretor da Pronto! Investimentos,Marcelo Castro, há uma percepção de alguns agentes do mercado de que o governo não teria uma régua a seguir. Segundo ele, o governo costuma “colocar a medida em um balão de ensaio e ir fazendo um ajustezinho ou outro” de acordo com as reações do mercado e de alguns setores. Depois do almoço as taxas passaram a oscilar cerca de 15 pontos. Castro diz que o normal é que essas taxas variem 5 pontos.
Por volta das 16h30 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2024 tinha taxa de 13,245 % de 13,220% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2025 projetava taxa de 11,975 % de 11,930%, o DI para janeiro de 2026 ia a 11,750 %, de 11,655%, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 11,835 % de 11,725% na mesma comparação. No mercado de câmbio, o dólar operava em alta, cotado a R$ 4,9760 para venda.
Camila Brunelli / Agência CMA
Imagem: piqsles.com
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