A 3R Petroleum divulgou ontem (5) o relatório de certificação de reservas 2023, que somou 516 milhões de barris óleo equivalente de reservas provadas mais prováveis (2P), sendo 367,2 milhões de barris são reservas provadas (1P) e ainda 32% das reservas 2P são classificadas como reservas provadas desenvolvidas em produção (PDP). Em 2022, as reservas provadas somaram 376,6 milhões, ou seja, 2,5% acima na comparação a 2023. Às 14h58, as ações da companhia avançavam 4,91%, a segundo maior alta do Ibovespa, a R$ 29.
Para a Genial Investimentos, os números divulgados trazem alterações muito marginais em relação à certificação passada. Essencialmente, apesar do pequeno incremento nos volumes em termos de barris recuperáveis, a curva de produção apresentou uma pequena deslocação temporal na expectativa da sua produção, levando o pico de produção mais a frente e uma pequena diminuição no curto prazo nos volumes esperados.
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“O pico de produção e os maiores volumes esperados foram deslocados mais para mais alguns anos à frente. Tal fato, naturalmente, tende a diminuir a percepção de valor do mercado em relação a empresa”, explicou a Genial.
A corretora lembrou ainda que depois da recente decisão da OPEP+ em cortar a produção diária em pelo menos 1 milhão de barris/dia, a curva de preços do mercado apresentou uma recuperação expressiva e já começou a ficar mais aderente em relação à curva utilizada para certificar os volumes divulgados.
A XP Investimentos disse que a nova certificação de reservas é marginalmente negativa quando comparada com o relatório de certificação do ano anterior. No entanto, as ações da 3R permanecem em níveis muito deprimidos, devido à percepção de risco relacionada ao fechamento da aquisição da Potiguar.
“Reconhecemos os riscos, mas nosso cenário base permanece que a aquisição será concluída e, portanto, mantemos nossa recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 119/ação, destacou a XP.
Para o Bank of America (BofA), a empresa tem potencial para crescer a produção, alavancar a lucratividade e a geração de caixa. Com a recente mudança na gestão, a empresa parece estar mais focada em entregar crescimento orgânico, apontando que poderá entregar números mais fortes ao longo do tempo.
Apesar de manter a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 90/ação, o BofA destacou ainda que um dos desafios da companhia para atingir as metas planejadas é o tempo necessário para adquirir equipamentos. Além disso, a aquisição do cluster Potiguar, que a administração indicou que poderia ser concluída em abril, será importante para atingir suas metas de produção. Caso seja adiada, o crescimento da produção pode ser afetado.
Emerson Lopes / Agência CMA
Imagem: piqsels.com
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