Nos últimos 12 meses, 20 entre as 48 ações do Índice de Dividendos (IDIV) registraram rentabilidade superior ao próprio índice. Na comparação anual até 4 de setembro deste ano, o IDIV teve uma valorização de 21,06%, superando o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, que apresentou alta de 15,57%.
O primeiro lugar do ranking é ocupado pela JBS (JBSS3), que apresentou valorização de 95,01%, seguido pela incorporadora Cury S/A (CURY3), com alta de 72,30%, e o terceiro lugar é da Santos Brasil (STBP3), que evoluiu 71,75%.
Segundo Einar Rivero, sócio da Elos Ayta, as três empresas se destacam na bolsa pela diversidade setorial, abrangendo desde carnes e derivados até incorporações e serviços de apoio à armazenagem. Além disso, são amplamente conhecidas pela consistência no pagamento de dividendos e pela resiliência em momentos de volatilidade no mercado.
Destaque no setor de incorporações e de materiais rodoviários
Entre as ações da carteira IDIV que apresentaram maior retorno, também aparecem empresas do setor de incorporações e o de materiais rodoviários, como a Direcional (DIRR3), que apresentou valorização de 63,65%, e a Marcopolo (POMO4) que registrou alta de 62,20%.
Melhores Dividend Yields do IDIV
Entre as 20 ações de destaque na carteira do IDIV, três ações tiveram um Dividend Yield superior a 10% nos últimos 12 meses, apresentando como atrativos em comum a combinação de bom desempenho financeiro e uma política consistente de distribuição de proventos:
- Petrobras PN (PETR4): apresentou dividend yield de 19,72%
- Copasa (CSMG3): distribuiu 19,50%
- Petrobras ON (PETR3): apresentou dividend yield de 18,09%
Outros destaques da carteira
Entre os Dividend Yields mais modestos, as ações da Telefônica Brasil (VIVT3) apresentam o menor retorno em dividendos, com 4,52%, seguida pelo Santander Brasil (SANB11) com 5,92%, e a Sanepar (SAPR4), com um yield de 5,99%.
O contraste na comparação entre as empresas com yields elevados e as que oferecem um retorno mais modesto é atribuído especialmente à diversidade de setores e estratégias presentes na carteira do IDIV.
Segundo Einar Rivero, de modo geral, as empresas que compõem a carteira do IDIV vêm mostrando uma capacidade notável de aliar crescimento à distribuição de dividendos robustos, posicionando o índice de forma privilegiada entre outros índices da B3, de forma que se tornem mais atrativos para investidores que buscam por estabilidade e renda recorrente.
“Com uma mediana de Dividend Yield de 8,8%, a carteira do IDIV oferece uma atrativa combinação de valorização de capital e distribuição de dividendos, sendo um excelente termômetro da resiliência de diversas companhias no mercado brasileiro. Esse desempenho reforça a percepção de que investir em ações que priorizam o pagamento de dividendos pode ser uma estratégia eficiente, especialmente em momentos de incerteza econômica”, ressalta Rivero.
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