A Dexco (DXCO3) anunciou um novo financiamento no valor total de US$ 1 bilhão para a nova fábrica da LD Celulose (LDC), joint venture entre a companhia e a austríaca Lenzing. A operação será composta por dois instrumentos financeiros: a emissão de títulos de dívida (bonds) e um empréstimo bancário.
Na última semana, a empresa já havia anunciado a contratação do Itaú BBA, UBS BB e Citi para implementação do modelo baseado em “corporate finance” no financiamento da fábrica.
Detalhes da operação
A LD Celulose emitirá US$ 650 milhões em títulos sênior no mercado internacional, com vencimento até 2032 e juros de 7,95% ao ano.
Além disso, a empresa tomará um empréstimo de US$ 350 milhões com prazo de 60 meses, sendo que os juros iniciais dessa dívida serão baseados na taxa SOFR – Secured Overnight Financing Rate (taxa de financiamento noturno estabelecida como alternativa à LIBOR), acrescidos de 3,95% ao ano.
Transição de estrutura financeira
Com a nova estrutura, a LDC substituirá seu modelo atual de project finance por um modelo de corporate finance. No modelo anterior, Dexco e Lenzing ofereciam garantias aos credores da LDC, enquanto o novo arranjo visa maximizar a eficiência da estrutura de capital, aumentando o retorno aos acionistas no longo prazo.
Histórico do projeto
A LD Celulose, localizada no Triângulo Mineiro (MG), iniciou a operação dos equipamentos e ramp-up da produção da LD Celulose, nova fábrica de celulose solúvel, em abril de 2022, com um investimento de US$ 1,38 bilhão no projeto, incluindo infraestrutura e tributos.
A nova fábrica da LD Celulose terá capacidade de produção anual de 500 mil toneladas de celulose solúvel, todas destinadas às unidades fabris da Lenzing.
A participação da Dexco na LD Celulose, de 49%, será refletida nos resultados financeiros da companhia por meio da equivalência patrimonial, contribuindo para o desempenho financeiro consolidado da empresa.
*Com informações da agência de notícias CMA
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