A American Airlines (NYSE: AAL), segunda maior companhia aérea do mundo, registrou um lucro líquido de US$ 590 milhões no quarto trimestre, uma alta anual de 3.000% em comparação aos US$ 19 milhões do mesmo período de 2023. No entanto, o balanço divulgado na manhã desta quinta-feira (23) foi ofuscado pela projeção de prejuízo líquido no primeiro trimestre.
A empresa espera um prejuízo de US$ 0,20 a US$ 0,40 por ação no primeiro trimestre deste ano. O número fez com que o mercado reagisse negativamente e os papéis da American Airlines chegaram a despencar 11% no pré-mercado em Nova York. Às 10h20, a ação AAL caia 7,29%, a US$ 17,30, na Nasdaq.
Principais dados do balanço da American Airlines
No quarto trimestre, a American Airlines registrou uma receita recorde de US$ 13,6 bilhões, um crescimento de 4,6% na comparação anual.
A companhia aérea americana registrou um lucro por ação de US$ 0,86 entre outubro e dezembro, superando a expectativa de analistas, de US$ 0,66.
Apesar da projeção de prejuízo líquido nos três primeiros meses de 2025, a previsão da empresa para o ano é de um lucro por ação entre US$ 1,70 a US$ 2,70. Em nota, a American Airlines afirma que as projeções refletem “tendências atuais de demanda e previsões para o preço do combustível”.
Segundo o CEO da companhia, Robert Isom, “a American Airlines continua bem posicionada devido à força de nossa rede, programas de fidelidade e cartão de crédito de marca compartilhada, frota e confiabilidade operacional”.
Companhia está interessada em fatia da Gol
Segundo fontes do Valor Econômico, a American Airlines é uma das interessadas em adquirir uma fatia da Gol (GOLL4) para aportar recursos na empresa, em meio ao processo de “Chapter 11” (equivalente a uma recuperação judicial).
A Gol espera obter US$ 1,8 bilhão em recursos. Entre os interessados também estão a United Airlines — maior companhia aérea do mundo —, e as europeias Air France-KLM, International Airlines Group (IAG, dona de marcas como Iberia e British Airways) e Lufthansa Group.
Em 2022, a American Airlines investiu US$ 200 milhões na Gol para ter 5% da empresa, assim como um acordo de exclusividade por três anos, que se encerra neste ano.