A 3M (NYSE: MMM) reportou um lucro ajustado por ação (LPA) de US$ 1,88 no primeiro trimestre de 2025, 9,9% maior em relação ao mesmo período de 2024, quando o LPA foi de US$ 1,71. O resultado superou a expectativa média dos analistas, de US$ 1,77 por ação.
Segundo dados adicionais, outras projeções indicavam LPA de US$ 1,75 — ou seja, a 3M entregou US$ 0,13 a mais por ação do que o estimado por parte do mercado.
Às 11h24 (horário de Brasília), as ações da 3M valorizavam 7,42%, negociadas a US$ 135,44 na Bolsa de Nova York, revertendo a perda anterior, atrelada à cautela dos investidores após o balanço.
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Projeção mantida, mas com alerta tarifário
A 3M reafirmou sua projeção de lucro ajustado por ação para o ano fiscal de 2025 entre US$ 7,60 e US$ 7,90. A faixa está próxima do consenso de analistas, de US$ 7,75 por ação.
No entanto, a companhia alertou que a intensificação da guerra comercial entre Estados Unidos e China pode reduzir seus resultados. A estimativa da empresa é de um impacto negativo entre US$ 0,20 e US$ 0,40 por ação no lucro anual, dependendo da evolução das tarifas impostas por ambos os países.
A empresa destacou que essas tarifas afetam diretamente seu desempenho, já que cerca de 11% das vendas globais da 3M vêm do mercado chinês, de acordo com a RBC Capital Markets.
Receita recua, mas fica em linha com estimativas
A receita líquida da companhia somou US$ 5,8 bilhões no trimestre, queda de 1% na comparação anual. O número, no entanto, ficou praticamente em linha com as projeções do mercado, de US$ 5,76 bilhões.
Apesar da leve retração nas vendas, o desempenho foi considerado estável diante do cenário de incertezas no comércio global.
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Desafios da 3M no cenário global
O CEO, William Brown, enfrenta o desafio de manter a recuperação da empresa diante desse ambiente mais hostil. A 3M é vista como um termômetro da economia global por conta de seu portfólio diversificado, que inclui milhares de produtos industriais e de consumo com ampla exposição a diversos setores da economia.
Em março, a empresa já havia mantido sua projeção de crescimento orgânico de vendas de 2% a 3% para o ano, sinalizando uma postura conservadora diante da instabilidade no comércio internacional.