A Nu Holdings (BDR: ROXO34), empresa que controla o Nubank, registrou lucro ajustado de US$ 694,5 milhões no segundo trimestre deste ano, equivalente a R$ 3,76 bilhões pelo câmbio atual.
O valor é equiparado ao lucro reportado pelo Banco do Brasil no mesmo período (R$ 3,784 bilhões), apesar de o banco estatal ter registrado 60% de queda e seu pior resultado desde 2018.
O lucro líquido do Nubank somou US$ 637 milhões entre abril e junho, representando um crescimento de 42% na comparação anual. Já a receita líquida avançou 40% no período, para US$ 3,7 bilhões.
David Vélez, CEO e fundador do Nubank, destaca: “Estamos provando que é possível crescer de forma eficiente, com disciplina e ainda assim gerar lucros sólidos”.
Para Vélez, essa combinação transformou a plataforma em “um poderoso motor de crescimento com múltiplos produtos, segmentos e multigeográficos”.
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No pré-mercado, os BDRs (ROXO34) subiam 10,24%, refletindo a surpresa positiva com os resultados e as perspectivas de crescimento. Os ganhos, no entanto, não foram sustentados ao longo do pregão, e às 15h15, os papéis subiam 5,52%, aos R$ 11,85.
Em Nova York, o avanço é maior, com as ações NU operam em alta de 9,20%, negociadas a US$ 13,12.
Nubank reporta crescimento com eficiência
Segundo o Diretor-Financeiro do Nubank, Guilherme Lago, o desempenho foi impulsionado pela alavancagem operacional e pelo aumento da receita. “As causas desse crescimento estão começando a mudar”, afirmou em entrevista à Reuters.
O retorno anualizado sobre o patrimônio líquido (ROE) foi de 28%, o mesmo patamar de um ano atrás e próximo da estimativa de mercado de 28,4%.
Para fins de comparação, o índice superou o ROE de 23,3% registrado pelo Itaú no mesmo trimestre. E enquanto analistas projetam um terceiro trimestre mais difícil para o Banco do Brasil, o Nubank mantém perspectivas mais positivas. O banco conseguindo navegar bem os desafios macroeconômicos e mantendo a inadimplência controlada.
Carteira de crédito avança no 2º trimestre
A carteira de crédito expandida do Nubank cresceu 8% em relação ao primeiro trimestre, para US$ 27,3 bilhões. O avanço foi puxado pelos empréstimos pessoais, enquanto a maior parte ainda é formada por operações de cartão de crédito.
A inadimplência entre 15 e 90 dias ficou em 4,4%, recuo de 0,3 ponto percentual frente ao trimestre anterior. Já a taxa acima de 90 dias subiu para 6,6%, alta de 0,1 ponto percentual, reflexo de movimentos observados no curto prazo e considerados sazonais pelo banco.
Apesar das variações, a instituição destacou que os indicadores permaneceram dentro do esperado. As provisões para perdas de crédito somaram US$ 973,5 milhões, impactadas pela atualização de modelos que ampliaram limites de cartão no Brasil, criando um descompasso temporário.
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Nubank em expansão no Brasil e no exterior
No Brasil, o Nubank alcançou 107,3 milhões de clientes até 30 de junho, equivalente a 60% da população adulta. Desses, 60% usam o banco como sua principal instituição financeira. Os depósitos totalizaram US$ 27,8 bilhões.
No México, a base chegou a 12 milhões de clientes, cerca de 13% da população adulta, com US$ 6,7 bilhões em depósitos. O número de clientes de cartão de crédito no país cresceu 52% em 12 meses, alcançando 6,6 milhões.
A operação mexicana ganhou impulso com a recente licença bancária emitida pela Comisión Nacional Bancária y de Valores (CNBV), o que, segundo o banco, pode acelerar a expansão no país.
Na Colômbia, o Nubank atingiu 3,4 milhões de clientes, aproximadamente 10% da população adulta. Os depósitos no país cresceram 841% no trimestre, para US$ 2,1 bilhões.