O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu 3% no segundo trimestre de 2024, em base anualizada, acima dos 1,6% registrados no trimestre anterior, de acordo com a terceira leitura divulgada nesta quinta-feira (26) pelo Departamento de Comércio do país. O resultado veio em confirmação às estimativas anteriores e dentro das expectativas do mercado.
O crescimento do PIB real foi influenciado principalmente pelo aumento nos gastos dos consumidores, investimento em estoques privados e pelo investimento fixo não residencial.
Seguindo no sentido contrário do PIB norte-americano, o Índice de Preços para os Gastos Pessoais (PCE), que mede a inflação dos Estados Unidos, registrou alta 2,5% no segundo trimestre.
Principais fatores para o crescimento do PIB dos EUA
Os fatores que mais contribuíram para o avanço do PIB dos EUA foram o aumento nos gastos dos consumidores, o investimento em estoques privados e o investimento fixo não residencial. As importações, que subtraem no cálculo do PIB, também aumentaram.
- Consumo: um dos principais motores da economia dos EUA, avançou 2,8% no período, também em base anualizada. Já os investimentos mostraram uma recuperação ainda mais robusta, passando de um crescimento de 3,6% no primeiro trimestre para 8,3% no segundo.
- Gastos governamentais: também tiveram um papel relevante na expansão do PIB. Houve um aumento de 3,1% nos gastos públicos, acima do crescimento de 1,8% observado no primeiro trimestre. Esse aumento pode estar ligado a medidas de estímulo econômico e investimentos em infraestrutura.
- Renda pessoal em dólares correntes: aumentou em US$ 315,7 bilhões no segundo trimestre, revelando uma revisão superior de US$ 82,1 bilhões em relação à estimativa anterior. Esse crescimento foi impactado por ganhos salariais e transferências correntes pessoais, sinalizando um maior poder de consumo.
- Renda pessoal disponível: aumentou US$ 260,4 bilhões, em 5,0%, no segundo trimestre, em revisão para cima de US$ 77,3 bilhões em relação à estimativa anterior. A renda pessoal disponível real aumentou 2,4%, uma revisão para cima de 1,4 ponto percentual.
- Poupança pessoal: chegou a US$ 1,13 trilhão no segundo trimestre (dado revisado para cima em US$ 74,3 bilhões em relação à projeção anterior.), com taxa de 5,2% em comparação com 5,4% (revisada) no primeiro trimestre.
Índice de Preços para os Gastos Pessoais (PCE)
Outro indicador importante revelado no relatório é o Índice de Preços para os Gastos Pessoais (PCE), que subiu 2,5% no segundo trimestre, em base anualizada, após registrar alta de 3,4% no primeiro trimestre. O PCE é um dos principais indicadores utilizados pelo Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos EUA, para monitorar a inflação.
O núcleo do PCE, que exclui preços voláteis como alimentos e energia, avançou 2,8%, mostrando uma desaceleração em relação ao aumento de 3,7% observado no primeiro trimestre (dado revisado). No entanto, veio acima da meta de 2% estabelecida pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano.
Essa queda no núcleo da inflação pode indicar que as pressões inflacionárias estão arrefecendo, o que pode levar o Fed a ser menos agressivo em futuros aumentos nas taxas de juros.
*Com informações da agência de notícias CMA
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