As bolsas da Europa encerraram a sessão desta segunda-feira (2) em alta, impulsionadas pelo maior apetite por risco dos investidores após o anúncio de um acordo comercial entre Estados Unidos e China.
Segundo o comunicado, as duas maiores potências globais concordaram em reduzir suas tarifas de importação por um período de 90 dias. Os Estados Unidos diminuirão a tarifa sobre produtos chineses de 145% para 30%, enquanto a China reduzirá as tarifas sobre produtos norte-americanos para 10%.
A medida representa uma trégua temporária nas tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo, e pode estimular o comércio internacional e os lucros das empresas com forte atuação global.
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Desempenho dos índices
O clima mais positivo nos mercados levou os principais índices acionários da Europa a fecharem em território positivo:
- Stoxx 600 (pan-europeu): +1,09%, aos 543,80 pontos
- DAX (Frankfurt): +0,16%, aos 23.536,72 pontos
- FTSE 100 (Londres): +0,49%, aos 8.596,49 pontos
- CAC 40 (Paris): +1,37%, aos 7.850,10 pontos
Tecnologia e bancos puxam os ganhos na Europa
Dentro do índice Stoxx 600, os setores de tecnologia (+2,74%) e financeiro (+1,73%) apresentaram os melhores desempenhos do dia. Entre os destaques:
- ASML (equipamentos para chips): sobe 6,17%
- Prosus (investimentos em tecnologia): avança 5,14%
- Barclays (banco britânico): valoriza 2,08%
- Deutsche Bank (banco alemão): ganha 1,99%
- Santander (banco espanhol): sobe 1,49%
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Declarações de Trump afetam farmacêuticas
Em paralelo, o presidente dos EUA, Donald Trump, publicou em sua rede social que pretende promover cortes nos preços dos medicamentos no país. Segundo ele, os valores podem cair “59%, 80% ou 90%”.
Na manhã desta segunda-feira, em coletiva de imprensa, Trump disse que os EUA ajudarão farmacêuticas estrangeiras e aumentarão as tarifas se países não cumprirem política de drogas; inclusive, podendo investigar empresas farmacêuticas.
O presidente ainda ressaltou que não será tolerante a lucros ilícitos da indústria, uma vez que a Europa foi a mais dura em termos de subsídios a medicamentos.
A sinalização de interferência no setor farmacêutico teve reflexo imediato nas bolsas, pressionando ações do setor. A Novo Nordisk, empresa dinamarquesa fabricante do medicamento Ozempic, encerrou o dia com queda de 0,65%.