O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro cresceu 0,1% no segundo trimestre em relação aos três primeiros meses do ano, segundo dados finais divulgados nesta sexta-feira (5) pela Eurostat, agência de estatísticas da União Europeia (UE).
O resultado veio dentro das projeções dos analistas, reforçando as apostas de que é improvável que o Banco Central Europeu (BCE) reduza sua taxa de juros principal na próxima semana.
Na comparação anual, o PIB do bloco avançou 1,5% entre abril e junho, superando a leitura preliminar e as expectativas do mercado, que apontavam alta de 1,4%.
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Alemanha puxa desaceleração da economia na zona do euro
Entre os 20 países que utilizam o euro, o PIB também subiu 0,1% no trimestre, em linha com as estimativas anteriores. O ritmo, no entanto, mostra forte desaceleração frente à expansão de 0,6% registrada no primeiro trimestre.
A Alemanha, maior economia da zona do euro, foi a principal responsável pela perda de dinamismo. A queda de 0,3% no PIB reflete o impacto das tarifas impostas pelos Estados Unidos, que reduziram a produção industrial e afetaram a confiança de empresas e consumidores.
Dados separados da autoridade estatística alemã mostraram ainda que os pedidos à indústria caíram pelo terceiro mês consecutivo em julho, confirmando a fraqueza na demanda interna e externa.
Economia da União Europeia
Na União Europeia como um todo, que inclui países fora da moeda comum, o PIB cresceu 0,2% entre abril e junho. Na comparação anual, a alta foi de 1,6%.
Entre os países membros, a Dinamarca liderou o crescimento trimestral, com alta de 1,3%, seguida por Croácia e Romênia, ambas com avanço de 1,2%.
Na outra ponta, três economias recuaram: Finlândia (-0,4%), Alemanha (-0,3%) e Itália (-0,1%).
Componentes do PIB na União Europeia e zona do euro
A análise detalhada dos componentes do PIB mostra comportamentos distintos:
- Consumo das famílias: registrou alta de 0,3% na UE e 0,1% na zona do euro
- Gastos governamentais: teve crescimento de 0,7% na UE e 0,5% na zona do euro
- Investimentos (formação bruta de capital fixo): registraram queda de 1,7% na UE e 1,8% na zona do euro
- Exportações: houve recuo de 0,2% na UE e 0,5% na zona do euro
- Importações: tiveram estabilidade na zona do euro e aumento de 0,3% na UE
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Contribuições para o crescimento da economia
Segundo o Eurostat, o consumo das famílias e os gastos governamentais adicionaram 0,1 ponto percentual cada ao resultado do PIB, tanto na União Europeia quanto na zona do euro.
A variação nos estoques também contribuiu positivamente, com 0,5 ponto percentual em ambas as áreas.
Por outro lado, os investimentos tiveram impacto negativo de 0,4 ponto percentual e o saldo entre exportações e importações reduziu 0,2 ponto percentual do crescimento.