O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, encerrou o pregão desta segunda-feira (14) em alta de 1,39%, aos 129.453,91 pontos, impulsionado pela suspensão temporária das tarifas dos Estados Unidos sobre produtos de tecnologia, o que ajudou a reduzir a percepção de risco pelos investidores.
A queda dos juros futuros, refletindo o recuo nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA (Treasuries) também ajudaram no desempenho do Ibovespa, de modo que todos os setores fechassem no azul.
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No mercado internacional ainda paira um clima de aversão ao risco, cautela e atenção redobrada para o anúncio de novas tarifas sobre diversos setores, que deve ocorrer ainda esta semana.
Apesar de suspender temporariamente as taxas sobre eletrônicos, os Estados Unidos anunciaram a possibilidade de novas taxas sobre semicondutores e também sobre a indústria farmacêutica. Por outro lado, declarou isenções temporárias para veículos e autopeças visando transição para produção nacional.
Essa decisão já vem surtindo efeito. A Honda cogita transferir a produção de veículos do Canadá e do para os EUA, ação que poderia aumentar em até 30% a produção local em dois a três anos.
Além do contexto da guerra comercial, a divulgação de alguns indicadores econômicos também influenciam o mercado, como o PIB da China referente ao primeiro trimestre, previsto para o final da noite, que pode movimentar o mercado de commodities.
No Brasil, o mercado segue acompanhando os acontecimentos externos, enquanto prossegue com eventos domésticos. Nesta terça-feira (15), o Orçamento de 2026 será enviado hoje ao Congresso, com a meta de superávit primário de 0,25% e previsão para o salário mínimo de R$ 1.627 no próximo ano.
Em clima de cautela, o dólar abriu em leve alta de 0,18%, a R$ 5,86 e o dólar futuro sobe 0,02%, a R$ 5,87. Os juros futuros também seguem em alta e o Ibovespa futuro sobe 0,17%, aos 129.785 pontos.
Manchetes desta manhã
- Gasto com assistência social ganha mais peso no Orçamento da União (Valor)
- Gilmar suspende processos sobre vínculo trabalhista de pessoas jurídicas (O Globo)
- Governo Lula calcula gastos de R$ 115 bilhões com precatórios em 2026 (Folha)
- Península vende toda a sua participação acionária no Carrefour Brasil (Valor)
- Importação de produtos chineses dispara antes mesmo do efeito do tarifaço de Donald Trump (Estadão)
Mercado global
As Bolsas da Europa avançam após declarações de Trump sobre isenções temporárias de tarifas para veículos e autopeças. O presidente declarou que as montadoras precisam de mais tempo para expandir a produção nos EUA.
A notícia impulsionou ações do setor automotivo, como Mercedes-Benz (+1,99%), BMW (2,6%) e Stellantis (4,3%), enquanto as ações de luxo foram pressionadas pelo relato de queda nas vendas da LVMH (-7,21%).
Os mercados da Ásia também tiveram um bom desempenho no pregão desta terça-feira, com os índices encerrando a sessão majoritariamente em alta.
A China determinou que as aéreas locais deixem de receber aeronaves fabricadas pela estadunidense Boeing, levando os papéis da aérea a uma forte queda no pré-mercado de Nova York, segundo a Bloomberg.
Conforme projeções, o país deve representar 20% da demanda global de aeronaves da Boeing nos próximos 20 anos.
Em Nova York, os índices futuros dos EUA abriram em alta, impulsionados pelo otimismo sobre uma possível suspensão das tarifas sobre automóveis.
Confira os principais índices do mercado:
• STOXX 600 +1,2%
• FTSE 100 +1%
• Nikkei 225 +0,8%
• Shanghai SE Comp. +0,1%
• MSCI EM +0,9%
• Dollar Index estável
• Yield 10 anos +1bps a 4,3836%
• Bitcoin +1% a US$ 85724,75
Commodities
- Petróleo: cai devido às preocupações com a demanda fraca e potencial excesso de oferta. O brent/junho cai 0,60%, a US$ 64,49 e o WTI/maio recua 0,62%, a US$ 61,15.
- Minério de ferro: fechou em alta de 0,99% em Dalian, na China, cotado a US$ 97,43/ton. Em Singapura, os contratos futuros avançam 0,72%, cotados a US$ 98,60/ton e o mercado à vista sobe 0,35%, cotado a US$ 99,85/ton.
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Cenário internacional
Nos Estados Unidos, destaque para os discursos dos membros do Federal Reserve (Fed), Thomas Barkin e Lisa Cook, em eventos às 12h35 e 14h15, respectivamente.
No setor corporativo, para hoje estão previstos os balanços do Bank of America e Citigroup.
Entre indicadores econômicos importantes, a China informa produção industrial e vendas no varejo de março, além do PIB do primeiro trimestre, às 23h.
Na Zona do Euro, a produção industrial subiu 1,1% em fevereiro ante janeiro e teve alta de 1,2% na comparação anual.
Cenário nacional
No Brasil, a agenda do dia destaca apenas o leilão de LFTs e NTN-Bs do Tesouro, às 11h45.
Entre os compromissos do dia, o presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participam de eventos às 10h40 e 15h. Ainda, Galípolo se reúne com CEOs do Nubank (9h) e Santander (13h30).
Em destaque: precatórios em 2026 podem chegar a R$ 115 bilhões e parte pode continuar fora da meta fiscal com aval do STF até 2026
Além disso, a isenção do IRPF para quem ganha até R$ 5 mil deve ter um impacto fiscal de R$ 3,29 bi em 2025; R$ 5,34 bi em 2026; R$ 5,73 bi em 2027.
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Destaques no mercado corporativo
- Vale: divulga hoje, após o fechamento, dados de produção e vendas do 1º trimestre.
- B3: informou que o volume médio diário de ações subiu 2,4% em março.
- Assaí: VP de Finanças e RI, Vitor Fagá, renunciou; Aymar Giglio Jr. assume interinamente as finanças; Belmiro Gomes acumula RI.
- Itaú: lançou funcionalidade de pagamento recorrente com Pix, disponível inicialmente para sua base de clientes.
- Kora Saúde: anunciou o fim de negociação de suas ações na B3.
- Plano&Plano: teve alta de 44% das vendas líquidas no 1º trimestre.
- CCR: assinou contrato de concessão com a União para operação de rodovias no Paraná.
- Petrobras: acionistas com mais de 5% do capital da cia pediram voto múltiplo para eleição do Conselho; AGO será amanhã.
- Carrefour Brasil: acionista Península vendeu sua fatia de 4,9% antes de assembleia para fechamento de capital da subsidiária brasileira.
Acompanhe as principais notícias do mercado financeiro nesta terça-feira também no Podcast Café do Mercado, uma produção do Monitor do Mercado, e apresentado por Lucas Rocco, CEO da Wiser | BTG Pactual.
O episódio de hoje já está no ar, nas principais plataformas de podcasts. Basta clicar na sua plataforma preferida para ouvir: Spotify; Deezer; Amazon Music; Podcasters. Ou ouvir clicando abaixo: