O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, atingiu na sessão desta segunda-feira (28) seu maior nível de fechamento desde setembro de 2024, ao encerrar o pregão em alta de 0,21%, aos 135.015,89 pontos.
Segundo analistas, esse desempenho pode estar atrelado à entrada de fluxo estrangeiro e à expectativa de um possível encerramento do ciclo de altas da Selic, a taxa básica de juros, após discurso do diretor de Política Econômica do Comitê de Política Monetária (Copom), Diogo Guillen, em evento da XP Investimentos em Washington na última quinta-feira.
Nesta segunda-feira, no entanto, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, procurou apagar essa impressão, e disse que o Copom está analisando se o nível de juros para o qual “estamos caminhando” é suficiente para colocar a inflação na meta.
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No mercado internacional, no contexto da guerra comercial, o apoio doméstico a Xi Jinping parece aumentar após ataques de Trump, enquanto exportadores chineses e big techs implementam medidas para proteger exportações.
Segundo a Bloomberg, as tarifas dos Estados Unidos podem cortar 80% das exportações chinesas aos EUA, que devem recuar, amenizando as tarifas sobre veículos e autopeças.
A agenda dos Estados Unidos traz como destaque a viagem de Trump a Michigan para marcar seus 100 dias de mandato.
O mercado também aguarda a divulgação do primeiro de uma série de indicadores do emprego desta semana, que termina com o payroll. O relatório Jolts, previsto para as 11h, deve mostrar a criação de 7,5 milhões de vagas em março, mantendo o ritmo de fevereiro.
No Brasil, entre os indicadores econômicos importantes, destaque para a divulgação do IGP-M, que revelou aceleração de 0,24% em abril e acumula alta de 8,50% nos últimos 12 meses; além da coletiva de Galípolo, às 11h, para comentar o Relatório de Estabilidade do Banco Central.
O mercado também aguarda com expectativa a divulgação do relatório de produção e vendas da Petrobras, após o fechamento.
Em meio às incertezas do mercado e indicadores econômicos do exterior e domésticos, o dólar abriu em alta de 0,23%, a R$ 5,66 e o dólar futuro sobe 0,04%, a R$ 5,65. Os juros futuros também seguem em alta, assim como o Ibovespa futuro, que avança 0,10%, aos 137.410 pontos.
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Manchetes desta manhã
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Mercado global
As Bolsas da Europa operam em alta em meio aos bons resultados corporativos e investidores de monitorando lucros, tarifas e dados, como o de Confiança do Consumidor, que cresceu na Alemanha, e dados de inflação.
Ações do HSBC subiam 2,5% com US$ 3 bilhões em recompra de ações e o Deutsche Bank avança 2,7% com alta de 39% no lucro do primeiro trimestre.
O mercado também reage à notícia de que Trump tomará medidas para reduzir o impacto das tarifas automotivas, aliviando as taxas sobre peças estrangeiras em carros fabricados no país, evitando taxas cumulativas.
Os mercados da Ásia, encerraram o pregão desta terça-feira com desempenho misto, acompanhando Nova York após Trump suavizar sua retórica tarifária, afirmando que tomaria medidas para reduzir o impacto das tarifas no setor automotivo. China foi a única praça com desempenho negativo, mas beirando a estabilidade.
Em Nova York, os índices futuros também abriram mistos, com Dow Jones Futuro em alta de 0,22%; S&P 500 Futuro: -0,15% e Nasdaq Futuro: -0,23%.
Confira os principais índices do mercado:
- S&P 500 Futuro +0,2%
- STOXX 600 +0,4%
- FTSE 100 +0,3%
- Nikkei 225 +0,4%
- Shanghai SE Comp. -0,1%
- MSCI EM +0,4%
- Dollar Index +0,3%
- Yield 10 anos +2,3bps a 4,2313%
- Bitcoin +0,5% a US$ 94971,56
Commodities
- Petróleo: cai com preocupações tarifárias que prejudicam a perspectiva de demanda. O Brent/jun cai 1,49%, a US$ 64,88 e o WTI/jun cede 1,29%, a US$ 61,25.
- Minério de ferro: fechou em alta de 0,28% em Dalian, na China, cotado a US$ 97,49/ton. Em Singapura, os contratos futuros recuam 0,05%, cotados a US$ 98,50/ton e o mercado à vista segue estável, cotado a US$ 99,85/ton.
Cenário internacional
Nos Estados Unidos, o mercado tem ritmo de alta à espera do primeiro indicador de emprego a ser divulgado nesta semana. O relatório Jolts, a ser anunciado às 11h, importante para a próxima decisão de juros do Federal Reserve (Fed).
Na agenda do dia, além da divulgação do Jolts de março, destaque para os dados sobre os estoques no varejo e no atacado dos EUA, além do resultado da Confiança do Consumidor/Conference Board em abril, às 11h.
Na Europa, apesar do apagão na Espanha, tendo reflexos em Portugal e no cancelamento de voos, o mercado fechou em alta nesta segunda-feira e seguem com movimento positivo, em meio a um possível alívio nas negociações tarifárias entre China e EUA.
No calendário corporativo, destaque para as divulgações dos balanços da Coca-Cola e da GM, antes da abertura do mercado, e da Visa, após o fechamento.
Cenário nacional
No Brasil, a agenda do dia está mais esvaziada de indicadores macroeconômicos e os investidores seguem atentos às falas do presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, que concede entrevista coletiva hoje, às 11h, junto com Diogo Guillen, diretor de Política Econômica da autoridade monetária.
O presidente Lula iniciou os compromissos do dia às 9h30, com uma reunião com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em Brasília.
Às 11h30, ele conversa com a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. Às 15h, o presidente terá reunião com centrais sindicais sobre a Pauta da Classe Trabalhadora – Prioridades para 2025. E, às 16h30, falará com o governador do Pará, Helder Barbalho.
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Destaques no mercado corporativo
- Petrobras: divulga hoje seu relatório de produção e vendas referente ao primeiro trimestre de 2025, após o fechamento do mercado.
- Gerdau (GGBR4): anunciou ontem que encerrou o primeiro trimestre de 2025 com lucro líquido ajustado 39% menor em comparação a um ano antes, ao registrar o montante de R$ 758 milhões.
- Metalúrgica Gerdau: o Conselho de Administração aprovou o cancelamento de 6 milhões de ações, resultando na nova composição do capital social da companhia: 365.111.201 ações ordinárias e 628.594.603 ações preferenciais.
- Vibra Energia: Concluiu saída da sociedade ZEG Biogás e Energia, conforme divulgado em março.
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