A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) caiu 0,01% em maio, após recuar 0,22% em abril, segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira (16).
Com esse resultado, o índice acumula alta de 1,22% no ano e 7,54% nos últimos 12 meses. Em maio do ano passado, o IGP-10 havia subido 1,08% no mês e registrava queda de 1,27% no acumulado de 12 meses.
A queda do IGP-10 em maio foi influenciada pela redução dos preços de matérias-primas brutas no mercado internacional. Itens como minério de ferro, óleo diesel e milho têm forte peso na cadeia produtiva e impactam diretamente o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), responsável por 60% da composição do IGP-10.
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Inflação ao Produtor Amplo (IPA) recua
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,17% em maio, após recuar 0,47% em abril. Apesar da queda, o grupo Bens Finais acelerou de 0,22% para 0,99% no mês. Este grupo inclui itens já prontos para consumo, como produtos alimentícios industrializados e bens duráveis.
Excluindo alimentos in natura e combustíveis, o subgrupo Bens Finais (ex) saltou de -0,05% para 1,18%.
Os Bens Intermediários, que incluem insumos utilizados na produção, também subiram: de -0,33% em abril para 0,10% em maio. O indicador que exclui combustíveis e lubrificantes (Bens Intermediários ex) avançou de -0,12% para 0,69%.
Já as Matérias-Primas Brutas — como soja, minério e milho — ampliaram a queda: passaram de -1,00% em abril para -1,09% em maio.
Preços ao Consumidor mantém ritmo de alta
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação para o consumidor final, repetiu em maio a variação de 0,42% registrada em abril.
Entre os oito grupos analisados, cinco aceleraram:
- Saúde e Cuidados Pessoais: de 0,59% para 1,08%
- Despesas Diversas: de 0,20% para 1,15%
- Habitação: de 0,31% para 0,57%
- Vestuário: de 0,02% para 0,66%
- Educação, Leitura e Recreação: de -0,69% para -0,45%
Por outro lado, houve desaceleração nos grupos:
- Alimentação: de 1,06% para 0,53%
- Transportes: de 0,39% para -0,07%
- Comunicação: de 0,29% para -0,25%
Esses movimentos indicam um cenário misto para o consumo, com pressões localizadas, principalmente em serviços.
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Custo da Construção sobe com desaceleração na Mão de Obra
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que reflete os custos da construção civil, registrou alta de 0,43% em maio, ligeiramente abaixo dos 0,45% de abril.
Entre os componentes do índice:
- Materiais e Equipamentos subiram de 0,24% para 0,35%
- Serviços aceleraram de 0,39% para 0,54%
- Mão de Obra recuou de 0,74% para 0,51%
A redução na pressão vinda da mão de obra contribuiu para conter a alta do índice, ainda que materiais e serviços tenham mostrado aumento.