O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, encerrou a sessão desta segunda-feira (28) no menor nível desde abril, em baixa de 1,04%, aos 132.129,26 pontos.
O índice foi fortemente impactado pelas incertezas e preocupações do mercado em relação à tarifa de Trump sobre exportações brasileiras, que entra em vigor no dia 1º de agosto e o Brasil ainda segue sem qualquer sinalização de um possível acordo.
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No mercado internacional, o relatório de emprego Jolts toma conta da agenda, criando grande expectativa para o payroll na sexta-feira (1), às vésperas da super quarta, com decisão de política monetária nos Estados Unidos, Japão e Brasil.
Na seara dos acordos comerciais, em entrevista à Fox News, o Secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, afirmou que a extensão de 90 dias da trégua comercial com a China é provável.
Nesta segunda-feira, Trump anunciou que os países que não tiverem fechado um acordo até o momento receberão tarifas de entre 15% e 20%, no entanto, sem fazer menção ao Brasil.
No Brasil, a quatro dias do prazo final para a tarifa de Trump entrar em vigor, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o Brasil não vai deixar a mesa de negociação em nenhum momento e que Alckmin está em contato com as autoridades e disposto a negociar.
Haddad concede entrevista hoje à CNN Brasil, quando será questionado sobre as negociações tarifárias com os EUA, enquanto o líder do governo no Senado, Jaques Wagner, apela para um pedido de ajuda ao ex-presidente Bush para fazer o meio de campo com o governo norte-americano.
Na agenda econômica, o Banco Central (BC) faz leilão de linha de até US$ 1 bilhão para rolagem do vencimento de agosto.
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Manchetes desta manhã
- Trump cita tarifa global de até 20%; situação do Brasil continua incerta (Valor)
- Tarifaço já eleva preço do café e reduz o de carne e frutas (O Globo)
- Governo pede aos EUA exclusão de alimentos e da Embraer do tarifaço (Folha)
- Lula vai esperar tarifaço para definir reação e socorro a setores (Estadão)
- Economia melhora, e Argentina reabre mercado para o Brasil (Valor)
Mercado global
As Bolsas da Europa operam em alta nesta manhã, refletindo o otimismo do mercado com o acordo entre Washington e a União Europeia, apesar de o pacto favorecer sobretudo os interesses dos EUA. A notícia reduziu as incertezas para as empresas e sustentam as ações nos principais índices da Europa.
Na Ásia, os índices encerraram o pregão desta terça-feira com desempenho misto, em meio às expectativas para a decisão do Federal Reserve (Fed) e negociações entre China e os EUA.
Negociadores norte-americanos e chineses seguem em Estocolmo conversando sobre a possibilidade de um acordo tarifário entre as duas grandes potências.
Em Nova York, os índices futuros operam em alta com investidores atentos aos dados da Pesquisa Jolts, juntamente com a leitura do Conference Board sobre a confiança do consumidor.
Confira os principais índices do mercado:
•S&P 500 Futuro +0,3%
• FTSE 100 +0,7%
• CAC 40 +1,5%
• Nikkei 225 -0,8%
• Hang Seng -0,1%
• Shanghai SE Comp. +0,3%
• MSCI World estável
• MSCI EM -0,2%
• Bitcoin +0,5% a US$ 118672,5
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Commodities
- Petróleo: sobe em meio a preocupações econômicas e decisão sobre taxa dos EUA. O Brent/set sobe 0,61%, cotado a US$ 70,47 e o WTI/set avança 0,70%, a US$ 67,18.
- Minério de ferro: fechou em alta de 0,63% em Dalian, na China, cotado a US$ 111,21/ton. Em Singapura, os contratos futuros valorizam 1,79%, cotados a US$ 102,35/ton e o mercado à vista sobe 0,25%, cotado a US$ 99,35/ton.
Cenário internacional
Nos EUA, os índices de ações têm registrado recordes sucessivos, após acordos do governo americano com a União Europeia (UE) e Japão terem reduzido o risco de uma escalada comercial entre parceiros estratégicos.
Nesta segunda-feira, o S&P 500 subiu 0,02%, aos 6.389,80 pontos e o Nasdaq ganhou 0,33%, aos 21.178,584 pontos.
Na agenda desta terça-feira, destaque para o relatório Jolts de emprego no setor privado nos Estados Unidos, a balança comercial americana e o índice de confiança do consumidor.
Na Espanha, o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou a leitura preliminar do PIB do primeiro trimestre, que cresceu 0,7%, acima do consenso (+0,6%). No ano, o crescimento espanhol ficou estável em 2,8%.
O foco da semana, no entanto, está voltado para a reunião monetária do Fed, prevista para esta quarta-feira (30).
O presidente Donald Trump voltou a pedir à instituição que reduza as taxas de juros, afirmando que isso ajudaria a impulsionar a economia americana. O cenário mais provável, no entanto, é de manutenção dos juros.
Cenário nacional
No Brasil, o sentimento é de preocupação, com o Brasil ainda figurando entre os países que não chegaram a um acordo sobre as tarifas de Trump.
Após encontro com empresários americanos ontem sobre a imposição de tarifas de Trump, os senadores brasileiros afirmaram que uma conversa entre o presidente americano e o governo brasileiro ainda “está na mesa”.
No mesmo contexto, o vice-presidente Geraldo Alckmin disse que um plano de contingência está sendo elaborado, mas o empenho é em chegar a uma solução sobre o tarifaço.
Entre os compromissos do dia, presidente e diretores do Banco Central (BC) participam hoje do primeiro dia de reuniões do Copom.
Na agenda econômica, os investidores aguardam a divulgação da Sondagem da Indústria de julho e a Petrobras divulga o relatório de produção e vendas do segundo trimestre de 2025.
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Destaques no mercado corporativo
- Telefônica Brasil: registrou lucro de R$ 1,3 bilhão no segundo trimestre de 2025, alta de 10%, na comparação anual.
- Grupo Latam: Lucro líquido de US$ 242 milhões no 2T25, alta de 66% em relação ao mesmo período de 2024.
- Dasa: Concluiu aquisição dos 20% restantes do Centro de Pesquisa Clínica (CPclin); valor da transação não foi divulgado.
- Verde Asset Management: Vinci Compass negocia aquisição; possibilidade de joint venture com permanência de Stuhlberger e Lumina como sócios por cinco anos.