O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, retornou ao patamar dos 137 mil pontos nesta segunda-feira (18), interrompendo uma sequência de três sessões em queda.
O índice fechou o pregão em alta de 0,72%, aos 137.321 pontos, impulsionado pelos números do IBC-Br, indicador adotado como uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), que sinalizou um desaquecimento da atividade econômica, aumentando as apostas de corte de juros na próxima reunião do Copom.
A Petrobras também ajudou a sustentar o índice, com as ações ON valorizando 0,80% e as preferenciais em alta de 0,63%. Por outro lado, a Vale encerrou a sessão em queda de 0,23%, acompanhando a cotação do minério de ferro.
No setor bancário, destaque para as ações do Banco do Brasil ON, que subiram 2,03% e Santander Unit, que fechou em alta de 1,26%.
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No mercado internacional, a reunião de Donald Trump com Zelensky e líderes europeus divide atenção com as expectativas para o discurso de Jerome Powell no Simpósio de Jackson Hole nesta sexta-feira (22).
Trump declarou que já iniciou os preparativos para uma reunião com Putin e Zelensky, mas que só terá clareza sobre chegar a uma solução em uma ou duas semanas. O presidente dos Estados Unidos admitiu ainda que um cessar-fogo imediato é improvável.
No Brasil, a guerra política do Supremo Tribunal Federal (STF) com os EUA toma novas proporções. O Departamento de Estado dos EUA voltou a criticar Alexandre de Moraes, chamando-o de “tóxico” para empresas e pessoas que buscam acesso ao mercado americano.
Em nota, o Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental alertou que quem apoiar Moraes pode ser alvo de sanções.
A reação ocorreu após declaração de Flávio Dino, de que atos e leis estrangeiros não têm efeito imediato no Brasil, o que no STF foi interpretado como possível barreira à aplicação da Lei Magnitsky contra Moraes.
No setor corporativo, o resultado da XP, ontem à noite, impôs queda às ações no after hours.
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Manchetes desta manhã
- Número de falências durante processo de recuperação judicial chega a 30$% no 2º trimestre (Valor)
- Trump acena apoio à segurança da Ucrânia e quer reunião ‘trilateral’ (O Globo)
- Após ouvir europeus, Trump promete cúpula Putin-Zelenski (Folha)
- EUA apertam cerco a Moraes; Brasil contesta investigação (Estadão)
- Certificados do agro ficam mais restritos a grandes empresas (Valor)
Mercado global
As Bolsas da Europa sobem repercutindo o otimismo do mercado após a reunião entre Trump e Zelensky em Washington terminar relativamente positiva, com ambos os lados esperançosos quanto às negociações para o fim da guerra na Ucrânia.
Um acordo de paz, no entanto, parece ainda estar longe da realidade. A Força Aérea da Ucrânia informou hoje que a Rússia lançou 270 drones e 10 mísseis durante a noite, em um de seus maiores ataques deste mês.
Na Ásia, os índices encerraram o pregão desta terça-feira em queda, em meio ao clima de espera por um avanço nas relações geopolíticas para resolução da guerra na Ucrânia e com expectativa pelo discurso de Jerome Powell em Jackson Hole.
As praças chinesas ficaram em leve queda, com Xangai perdendo 0,02% e Shenzhen 0,12%. Em Tóquio, o Nikkei 225 caiu 0,33% e na Coreia do Sul, o índice Kospi foi o que mais perdeu, fechando em -0,81%.
Em Nova York, os índices futuros recuam em meio à expectativa pelos balanços das gigantes de varejo. A Home Depot divulga resultados hoje, enquanto a Target reporta na quarta-feira e o Walmart na quinta.
Confira os principais índices do mercado:
•S&P 500 Futuro -0,1%
•FTSE 100 +0,2%
•CAC 40 +0,8%
•Nikkei 225 -0,4%
•Hang Seng -0,2%
•Shanghai SE Comp. estável
•MSCI World +0,1%
•MSCI EM estável
•Bitcoin -0,8% a US$ 115487,69
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Commodities
- Petróleo: cai em resposta às negociações sobre a Ucrânia. Investidores avaliam que as negociações para encerrar a guerra podem levar à suspensão das sanções ao petróleo russo, aumentando a oferta.
O Brent para outubro cai 1,14%, cotado a US$ 65,84 e o WTI para setembro cede 1,23%, a US$ 62,64 - Minério de ferro: fechou em queda de 0,64% em Dalian, na China, cotado a US$ 107,38/ton. Em Singapura, os contratos futuros caem 0,54%, cotados a US$ 101,15/ton e o mercado à vista recua 0,20%, cotado a US$ 101,50/ton.
Cenário internacional
Nos EUA, a economia tem se mostrado resiliente ao tarifaço. Ontem, a S&P Global Ratings manteve a nota de crédito do país em “AA+”, a segunda maior na escala.
Segundo a agência de classificação de risco, as receitas decorrentes das novas tarifas devem compensar os cortes de impostos e gastos mais altos do governo.
No setor corporativo, grandes varejistas dos EUA divulgam resultados do 2º trimestre nesta semana, com destaque para a Home Depot hoje, em meio às tarifas impostas por Trump.
Na agenda de indicadores, estão previstos os dados de construções de moradias de julho. Também hoje, Michelle Bowman, dirigente do Federal Reserve, discursa em evento, podendo fornecer mais pistas sobre a próxima decisão de política monetária.
Na China, o Banco Central divulga sua decisão sobre política monetária, após ter mantido as taxas referenciais de empréstimo inalteradas em última reunião.
Cenário nacional
No Brasil, a tensão comercial entre Brasil e EUA preocupa investidores. Fernando Haddad afirmou que o comércio bilateral pode recuar ainda mais e destacou que o plano de contingência do governo é uma medida temporária.
Na agenda política, o presidente Lula se reúne com Ilan Goldfajn, presidente do Grupo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
O vice-presidente Geraldo Alckmim, participa da 26ª Conferência Anual do Santander e o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, participa de reunião do Comitê de Estabilidade Financeira (Comef).
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Destaques no mercado corporativo
- Petrobras: o Cade aceitou a participação da estatal como terceira interessada numa possível compra da NSP Inv, subsidiária da Novonor, que detém o controle da Braskem.
A empresa ainda assinou quatro novos contratos para afretamento de navios de apoio com a OceanPact, no valor de R$ 3,2 bilhões. - Suzano: aprovou a emissão de R$ 2 bilhões em cédulas de produto rural.
- Lupatech: anunciou acordo para encerrar processo arbitral, recebendo indenização de R$ 43,7 milhões.
- Oncoclínicas: o Conselho aprovou aumento de capital para R$ 1,3 bilhão.
- XP: teve ucro recorde de R$ 1,32 bi no segundo trimestre, mas entradas líquidas mais fracas derrubaram ação 3,2% no after hours.
