O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, retomou o patamar dos 139 mil pontos (139.205,81) nesta quarta-feira (27) encerrando o pregão em alta significativa de 1,04%.
O principal fator responsável pela recuperação do índice foi o Caged, que revelou um número de vagas de trabalho abaixo do esperado, reforçando a perspectiva de desaceleração da economia e aumentando as apostas na antecipação de corte dos juros.
Entre as ações de maior peso do Ibovespa, a Vale encerrou a sessão praticamente estável, em queda de 0,05%; enquanto Petrobras (ON) fechou em alta de 0,58% e (PN), de 0,76%, acompanhando a recuperação do petróleo.
O setor financeiro também ajudou na recuperação do índice, com Itaú (PN) avançando 1,68% e Bradesco (ON) 0,14%, além das maiores altas do dia: Braskem (+5,79%), São Martinho (+4,61%) e Vibra (+4,09%).
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No mercado internacional, repercute na manhã desta quinta-feira (28) o balanço da Nvidia, divulgado após o fechamento do mercado.
Mesmo com lucro e receita acima das projeções, as ações caíram 3% no after market, diante de receita mais fraca em data centers e incertezas sobre vendas na China, aumentando temores de desaceleração do crescimento de IA.
Na agenda econômica, destaque para a divulgação da segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos referente ao segundo trimestre e a divulgação da ata do Banco Central Europeu (BCE), referente à última reunião de política monetária.
No Brasil, a expectativa pela aprovação do projeto de isenção do Imposto de Renda para salários de até 5 mil seguem no radar, enquanto a agenda prevê o IGP-M e resultados fiscais do Governo Central.
Ainda na esfera político-econômica, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, viaja ao México para um encontro com a presidente Claudia Sheinbaum, no esforço de estreitar relações comerciais, em meio ao tarifaço dos Estados Unidos.
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Manchetes desta manhã
- Empresas prejudicadas pelo tarifaço terão prioridade para receber crédito tributário (Valor)
- Economia perde fôlego, emprego cresce menos, e inadimplência sobe (O Globo)
- Gasto com Previdência subirá R$ 87,2 bi em 2026 com ajustes (Folha)
- Congresso aprova ‘ECA digital’ e cria órgão para decidir o que é abuso (Estadão)
- Megaoperação mira esquema do PCC no setor de combustíveis e atinge Faria Lima (Valor)
- Motta diz que aprovará texto do IR que não trará perdas à arrecadação (Valor)
Mercado global
As Bolsas da Europa operam com desempenho misto, em meio a resultados corporativos. O índice CAC 40 de Paris segue em alta após os lucros da Pernod Ricard impulsionarem os fabricantes franceses de bebidas destiladas. Remy Cointreau sobe 4% e a LVMH, dona da Hennessy, avança 3,2%.
As ações da Pernod Ricard subiram 5% ao relatar queda menor do que o esperado em suas vendas e lucros anuais, além da previsão de melhora a partir do segundo semestre de 2026, ajudando Paris a recuperar terreno após queda de 2,8% no início da semana devido à turbulência política na França e preocupações sobre a independência do Fed.
Por outro lado, os demais índices repercutem de forma negativa os resultados da Nvidia.
Na Ásia, os índices chineses passaram a subir no pregão desta quinta-feira, recuperando as perdas da véspera. Tanto Xangai (+1,14%) quanto Shenzhen (+2,25%) conseguiram retomar o terreno positivo com investidores avaliando os dados locais e a sessão futura de Nova York.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 0,80%, impactado pelos resultados da Nvidia, assim como em Taiwan, onde o Taiex perdeu 1,16% em razão de temores sobre chips para IA.
No Japão, apesar da suspensão de última hora da viagem de um negociador oficial para os EUA, o índice Nikkei ficou positivo em 0,76%.
Em Nova York, índices futuros buscam a estabilidade após balanço da Nvidia.
Confira os principais índices do mercado:
•S&P 500 Futuro: +0,13%
•FTSE 100: -0,44%
•CAC 40: +0,4%
•Nikkei 225: +0,73%
•Hang Seng: -0,81%
•Shanghai SE Comp: +1,14%
•Bitcoin: +1,02%, a US$ 113.186,32
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Commodities
- Petróleo: cai com as expectativas de menor demanda por combustível nos EUA e o reinício do fornecimento russo para Hungria e Eslováquia através do oleoduto Druzhba.
Ontem, o petróleo subiu depois que dados oficiais mostraram que os estoques dos EUA caíram em 2,4 milhões de barris.
O Brent/out cai 0,46%, cotado a US$ 67,74 e o WTI/out recua 0,44%, a US$ 63,87 - Minério de ferro: fechou em alta de 1,74% em Dalian, na China, cotado a US$ 110,85/ton. Em Singapura, os contratos futuros sobem 1,61%, cotados a US$ 104,20/ton e o mercado à vista avança 0,20%, cotado a US$ 101,95/ton.
Cenário internacional
Nos EUA, a agenda do dia destaca a divulgação da segunda leitura do PIB, às 9h30, que deve confirmar a expansão da preliminar(+3%), após o recuo de 0,5% no primeiro trimestre.
Junto com o PIB, sai o PCE do período. O índice mais aguardado da inflação de julho, será divulgado amanhã. No mesmo horário, saem os pedidos de auxílio-desemprego e, às 11h, dado sobre as vendas de imóveis usados.
No contexto das relações comerciais, União Europeia tentará acelerar a legislação para remover todas as tarifas sobre produtos industriais dos Estados Unidos até o final da semana. A Comissão Europeia dará tarifas preferenciais sobre frutos do mar e produtos agrícolas.
Já a Índia recebeu um recado de Navarro, ideólogo do tarifaço: “se parar de comprar petróleo da Rússia, suas taxas podem cair de 50% para 25%.”
O membro do conselho do Federal Reserve, Christopher Waller, discursa em evento às 19h (horário de Brasília). Na última reunião do FOMC, Waller foi uma das duas vozes dissidentes, votando a favor de um corte de 25 pontos-base na taxa de juros.
Cenário nacional
No Brasil, entre os indicadores econômicos do dia, o índice Geral de Preços -Mercado (IGP-M) subiu 0,36% em agosto, revertendo a queda de 0,77% registrada em julho. Com esse resultado, o índice acumula alta de 3,03% nos últimos 12 meses.
Ainda estão previstas para hoje as divulgações da pesquisa de confiança de serviços e reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN).
Nesta quarta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, conversou com Eduardo Braga, relator do segundo projeto da reforma tributária. O senador disse que o texto está “praticamente fechado” e deve ser apresentado na CCJ em 9/9, com votação prevista para o dia 17.
Na seara das tarifas comerciais, também ontem, a Advocacia-Geral da União confirmou a contratação do escritório Arnold & Porter Kaye Scholer LLP para representar o governo brasileiro em ações contra“ quaisquer medidas de caráter punitivo aplicadas contra os interesses do Estado”.
A Camex aprovou duas medidas para a proteção da indústria nacional: antidumping definitivo sobre as importações de folhas metálicas de aço carbono da China e fibras de poliéster da China, Índia, Tailândia e Vietnã, além de antidumping provisório, por até seis meses, sobreas importações de resinas de polietileno dos Estados Unidos e do Canadá.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, “Todos os casos promovem a proteção da indústria nacional contra o comércio desleal”.
Entre os compromissos do dia, Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central (BC), participa do evento “Open Finance – 5 anos”, em Brasília. Mais cedo, às 11h30, será exibida a entrevista gravada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Record.
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Destaques no mercado corporativo
- Oncoclínicas: vendeu sua participação de 84% no Hospital UMC, por R$ 160 milhões.
- Petrobras: recebeu do Ministério de Minas Energia a indicação de Marcelo Weick Pogliese para o cargo de membro do conselho de administração da companhia.
- Sabesp: investiu R$ 10,6 bi desde privatização parcial em 2024; reduziu em 23% os vazamentos visíveis de água.
- Oi: adiou divulgação do segundo trimestre para 4/9; aprovou grupamento de ações a ser votado em 29/9.
- Carrefour: Eric Alencar renunciou; CEO Pablo Lorenzo acumula RI interinamente; Nelcina Tropardi assume presidência do conselho.
- Motiva: elegeu André Gustavo Mendes como VP de negócios, responsável pela plataforma de trilhos, a partir de 15/9.
- Energisa: aprovou 24ª emissão de debêntures simples, de até R$ 3,91 bi.