O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, encerrou o pregão da última sexta-feira (29) em alta de 0,26% e recorde de fechamento, aos 141.422,26 pontos.
O movimento foi impulsionado pelo patamar histórico atingido na véspera e pelos dados de inflação dos Estados Unidos, medidos pelo Índice de Preços de Despesas de Consumo Pessoal (PCE), que reforçaram as apostas de corte de juros na próxima reunião do FOMC e esperanças de aumento do fluxo de investimento estrangeiro para o Brasil.
Entre as ações de maior peso no índice, Petrobras avançou 0,81% (ON) e 0,55% (PN), enquanto Vale encerrou em alta de 0,29%. No setor financeiro, destaque para Santander Unit, em alta de 0,14% e Banco do Brasil ON, valorizando 1,62%.
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No mercado internacional, a semana inicia com as Bolsas de Nova York fechadas devido ao feriado do Labor Day (Dia do Trabalho) nos Estados Unidos, devendo reduzir a liquidez dos mercados.
Na agenda desta semana, o destaque é a divulgação do payroll de agosto, na sexta-feira (5). O relatório, que mede a criação de vagas e a taxa de desemprego, será decisivo para direcionar a próxima decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed).
No Brasil, expectativa para a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre e dados sobre a produção industrial, que devem revelar os efeitos dos juros na desaceleração da economia, podendo também influenciar as próximas decisões sobre a Selic.
No cenário político, o início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro aumenta a expectativa sobre possíveis novas sanções do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra autoridades da Corte ou contra o governo brasileiro.
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta terça-feira (2), às 9h, o julgamento de Bolsonaro e outros sete réus pelo processo da tentativa de golpe, com sessões que devem se estender ao longo de cinco dias.
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Manchetes desta manhã
- Desaceleração das receitas afeta investimentos dos estados no primeiro semestre do ano (Valor)
- Companhias reduzem malha aérea e cidades ficam sem voos (O Globo)
- Gasto eleitoral reduz pobreza, mas ameaça gerar crise orçamentária (Folha)
- Lobista do STJ tinha minutas de decisões de mais 4 ministros (Estadão)
- Mercado volta atenção para fundos com cotista único sem identidade revelada (Valor)
Mercado global
Sem referência dos mercados de NY, as Bolsas da Europa operam em alta na expectativa de dados importantes na agenda da semana.
Na França, os mercados se estabilizaram após a liquidação causada pelo anúncio do voto de confiança, mas novos acontecimentos podem renovar o foco nas finanças fragilizadas do país.
Na Ásia, os índices tiveram desempenho misto na primeira sessão de setembro. Na China, as ações prolongaram a recente alta impulsionada por um levantamento mais forte do que o previsto da atividade manufatureira.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng teve forte alta puxado pelas ações da Alibaba, que teve o maior aumento em um dia desde 2022. Nas demais praças, o dia foi de queda.
Em Nova York, índices futuros abriram em leve alta, enquanto os mercados à vista de ações e títulos permanecem fechados devido ao feriado nos Estados Unidos.
Confira os principais índices do mercado:
•S&P 500 Futuro +0,1%
•STOXX 600 +0,2%
•FTSE 100 +0,2%
•Nikkei 225 -1,2%
•Shanghai SE Comp. +0,5%
•MSCI EM +0,7%
•Dollar Index -0,1%
•Yield 10 anos estável a 4,2284%
•Bitcoin -0,2% a US$ 108935,25
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Commodities
- Petróleo: oscila em meio a preocupações com o aumento da produção, impacto das tarifas e as interrupções no fornecimento por causa da guerra na Ucrânia e o dólar mais fraco. O Brent e o WTI registraram seus primeiros declínios mensais em 4 meses em agosto com aumento da oferta da Opep+.
O Brent/nov sobe 0,96%, cotado a US$ 68,13 e o WTI/out avança 1,08%, a US$ 64,70 - Minério de ferro: fechou em queda de 2,67% em Dalian, na China, cotado a US$ 107,38/ton. Em Singapura, os contratos futuros cedem 1,76%, cotados a US$ 101,65/ton e o mercado à vista cai 1,69%, cotado a US$ 101,75/ton.
Cenário internacional
Nos EUA, apesar do feriado no início da semana, a agenda norte-americana será marcada por indicadores importantes, que podem definir os próximos passos do Fed.
Antes do payroll de agosto, na sexta-feira, serão divulgados o relatório JOLTS de vagas em aberto e o Livro Bege do Fed, na quarta-feira (3).
No cenário comercial, um tribunal de recursos dos EUA decidiu na última sexta-feira que a maioria das tarifas de Donald Trump é ilegal. Apesar disso, o representante comercial americano, Jamieson Greer, disse que as negociações comerciais continuam.
Na China, uma pesquisa oficial publicada no domingo, apontou que a atividade industrial no país encolheu pelo quinto mês consecutivo em agosto, revelando já os efeitos das tarifas recíprocas sobre a economia chinesa.
Nesta semana, os mercados também devem acompanhar o encontro entre líderes da China e da Índia. Em cúpula de dois dias da Organização de Cooperação de Xangai, o presidente chinês Xi Jinping e o primeiro-ministro indiano Narendra Modi discutiram comércio e formas de reforçar os laços bilaterais.
Cenário nacional
No Brasil, a agenda da semana começa com o tradicional Boletim Focus e o PMI Industrial de agosto como destaques.
Na última sexta-feira, o Banco Central (BC) divulgou que o setor público consolidado fechou julho com déficit primário de R$ 66,56 bilhões, o maior valor para o mês desde 2020. A dívida bruta do Brasil subiu para 77,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em julho, acima do esperado.
O governo também realizou uma coletiva de imprensa para apresentar os principais números do orçamento de 2026, que será enviado em breve ao Congresso, e que apontará para um déficit primário de R$23,3 bilhões (-0,2% do PIB).
Na agenda política, o diretor de Fiscalização do Banco Central, Ailton De Aquino Santos, participa às 10h como palestrante no Webinário da Associação de Bancos do Estado do Rio de Janeiro (ABERJ).
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Destaques no mercado corporativo
- GPA: informou que os acionistas da família Coelho Diniz enviarão nos próximos dias, proposta de chapa de candidatos à eleição do conselho de administração.
- Azul: informou que registrou um Ebitda ajustado de R$ 708,9 milhões em julho.
- Iguatemi: vendeu 7% do shopping Pátio Higienópolis por R$ 169,9 milhões.
- Petrobras: aprovou Cristina Bueno Camatta como ouvidora-geral.
- Embraer: o sindicato processa a empresa contra retorno ao trabalho presencial de três dias por semana.
- Natura: a BlackRock reduziu participação de 5,09% para 2,51%.
