O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, encerrou o pregão desta segunda-feira (1) em queda de 0,10%, aos 141.283 pontos, impactado pela baixa liquidez atribuída ao fechamento dos mercados de Nova York devido ao feriado do Dia do Trabalho nos EUA.
Entre as blue chips, ações de maior peso no índice, Vale fechou em leve alta de 0,07%, enquanto Petrobras encerrou a sessão em alta de 0,23% (PN) e queda de 0,44% (ON).
A baixa liquidez e falta de notícias para motivar o Ibovespa também afetaram o setor financeiro: Banco do Brasil fechou em queda de 1,40% e Itaú valorizou 0,81%.
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No Brasil, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta terça-feira (2) o julgamento contra o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro e mais sete réus no contexto da trama golpista.
Todos são acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de tentativa de golpe de Estado entre o fim de 2022 e o início de 2023, após as eleições para a presidência.
Na agenda econômica, destaque para a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, que pode aumentar as apostas de ajuste da Selic, que já reagem à melhora das expectativas inflacionárias.
No mercado internacional, Nova York retorna do feriado em semana de agenda forte e expectativa pela divulgação do payroll, indicador decisivo para moderar o ritmo de corte dos juros dos EUA.
O julgamento de Bolsonaro também segue no radar da agenda internacional. Com o julgamento, o receio dos investidores de novas sanções dos Estados Unidos contra o Brasil está se confirmando.
Nesta segunda-feira, a CNN publicou que os país prepara medidas contra o Banco do Brasil e mira importações de petróleo da Rússia.
O governo norte-americano também deve contestar os argumentos do governo e empresas brasileiras em relação à tarifa de 50% — situação que deve escalar durante o período do julgamento.
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Manchetes desta manhã
- STF começa hoje julgamento inédito de Bolsonaro e outros 7 réus (Valor)
- Julgamento de Bolsonaro antecipa a corrida eleitoral e põe economia em alerta (Estadão)
- Em encontro com Xi, Putin afirma que relação entre países chegou a nível ‘sem precedentes’ (Folha)
- Ouro bate novo recorde e já subiu 30% este ano. (O Globo)
- Empresas preparam retomada de captações no exterior (Valor)
Mercado global
As Bolsas da Europa operam em terreno negativo em reação aos dados de inflação na zona do euro acima das expectativas, reforçando as expectativas de que o Banco Central Europeu (BCE) suspenderá os cortes de juros na próxima semana.
A taxa subiu para 2,1% em agosto, acima das expectativas de 2%, enquanto a inflação subjacente se manteve estável em 2,3%.
Ainda que esses números reforcem as expectativas de que o Banco Central suspenderá os cortes de juros novamente na próxima semana, mas ainda há dúvidas sobre a probabilidade de uma flexibilização adicional ainda este ano.
Na Ásia, os índices chineses encerraram o pregão desta terça-feira com desempenho misto, em movimento de realização de lucros de papeis de tecnologia nas bolsas chinesas, após valorização significativa na véspera.
Xangai encerrou em queda de 0,45% e Shenzhen com perda de 2,14%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng encerrou em queda de 0,47%. Tóquio seguiu na contramão, em alta de 0,35%.
Em Nova York, índices futuros operam em queda no retorno do feriado do Dia do Trabalho, em meio às incertezas jurídicas envolvendo as tarifas de Trump e preocupações sobre a independência do Fed.
Confira os principais índices do mercado:
•S&P 500 Futuro -0,7%
•FTSE 100 -0,4%
•CAC 40 -0,1%
•Nikkei 225 +0,3%
•Hang Seng -0,5%
•Shanghai SE Comp. -0,4%
•MSCI World -0,3%
•MSCI EM -0,2%
•Bitcoin +1,3% a US$ 110236,94
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Commodities
- Petróleo: sobe com o aumento das preocupações com o fornecimento diante da escalada do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, após ataques de drones ucranianos fecharem instalações responsáveis por pelo menos 17% da capacidade de processamento de petróleo da Rússia (1,1 milhão de bpd).
O Brent para novembro valoriza 1,79%, cotado a US$ 69,37 e o WTI para outubro sobe 2,89%, a US$ 65,86 - Minério de ferro: fechou em leve alta de 0,06% em Dalian, na China, cotado a US$ 107,95/ton. Em Singapura, os contratos futuros sobem 0,79%, cotados a US$ 102,45/ton e o mercado à vista avança 0,69%, cotado a US$ 102,55/ton.
Cenário internacional
No EUA, o governo voltou a fazer críticas ao Federal Reserve (Fed). O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, disse ontem, em entrevista exclusiva, que o Banco Central é e deve ser independente, mas “cometeu muitos erros”. Ele também defendeu o direito do presidente Donald Trump de demitir a diretora do Fed, Lisa Cook.
No cenário econômico, a Moody’s melhorou as projeções para a atividade dos Estados Unidos, China e Japão, conforme relatório de perspectivas globais. A agência, porém, ainda espera firme desaceleração da atividade, em meio à incerteza sobre o tarifaço americano.
Nesta terça-feira, os mercados devem repercutir os comentários dos principais líderes internacionais durante a reunião da Organização de Cooperação de Xangai, que prometeram juntar esforços contra as intervenções dos Estados Unidos.
O presidente chinês, Xi Jinping, disse que os países precisam se posicionar claramente contra o hegemonismo e a política de poder, e praticar o verdadeiro multilateralismo.
Entre os indicadores do dia, destaques para o PMI Industrial de agosto dos Estados Unidos e a leitura preliminar do CPI de agosto na zona do euro.
Cenário nacional
No Brasil, a Moody’s também manteve as projeções para o PIB. A agência estima que a economia brasileira crescerá 2% tanto em 2025 quanto em 2026.
No cenário políticoeconômico, segundo o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), o governo federal prevê investir 18,8% mais nas estatais federais em 2026. Serão investidos R$ 166,6 bilhões estipulados para o ano corrente, com a Petrobras recebendo o maior montante.
E em meio ao temores de novas sanções comerciais e aumento das tensões entre Estados Unidos e Brasil durante o julgamento do ex-presidente, Jair Bolsonaro, o vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que a lei da reciprocidade contra as tarifas dos Estados Unidos será aplicada no devido tempo, mas que ainda vê espaço para resolver negociação com o país.
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Destaques no mercado corporativo
- Azul: aumentará suas operações em 34 destinos de todas as regiões do país. As ações da companhia fecharam com alta de 17,65%, após divulgação de dados financeiros de julho.
- GPA: informou que seus acionistas submeteram à companhia uma proposta de chapa de candidatos à eleição do conselho de administração.
- Rede D’Or: firmou acordo com a Atlântica Hospitais, controlada indireta do Bradesco, para incluir seu hospital Glória D’Or, localizado no Rio de Janeiro, à rede de hospitais Atlântica D’Or.
- Banco do Brasil: caiu 1,40% (R$ 21,09) após risco de sanções de Trump; alvo por oferecer cartão Elo a Moraes.
- Ultrapar: contratou o Itaú Corretora como formador de mercado por prazo indeterminado.
